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Ministro já tem nomes para nova equipe
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo antes de tomar
posse -o que deve ocorrer
na segunda-feira-, o novo
ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, já falou em
nomes para assumir cargos,
em entrevista no ministério.
Citou Miguel Colasuonno,
economista e ex-prefeito de
São Paulo (1972-1974), e
Márcio Zimmermann, engenheiro, atual secretário de
Planejamento Energético do
ministério e técnico do setor.
Colasuonno é filiado ao
PMDB, já foi aliado de Paulo
Maluf e hoje é mais ligado a
Michel Temer, presidente
nacional do partido, e ao ex-governador paulista Orestes
Quércia.
Zimmermann é um técnico de confiança da ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil) e
já esteve cotado para assumir o ministério, quando o
ex-ministro Silas Rondeau
renunciou ao cargo. Agora,
pode ocupar o cargo de secretário-executivo, o segundo posto mais importante no
ministério.
Apesar de já falar em nomes para a equipe, o novo
ministro disse que o ministério não foi entregue como
"porteira fechada" (com todos os cargos do setor junto).
Segundo Lobão, as diretorias
das estatais poderão ficar
com outros partidos da base
aliada, não necessariamente
apenas com o PMDB.
"Miguel Colasuonno é um
administrador de grande
prestígio no Brasil. Ele tem
condições de fazer parte de
uma equipe de governo. Poderá vir a ser aproveitado em
um órgão qualquer do ministério de Minas e Energia",
disse Lobão.
A ida para o ministério é
um prêmio de consolação
para Colasuonno, que queria
mesmo era assumir a presidência da central de abastecimento de São Paulo, a Ceagesp. O problema é que o
grupo ligado ao deputado federal petista João Paulo Cunha, que controla o órgão,
bateu o pé.
Na semana passada, Cunha e Temer conversaram
em Brasília com o ministro
das Relações Institucionais,
José Múcio, e acertaram que
o Ceagesp continuará petista
e que o peemedebista irá integrar a equipe de Lobão.
Questionado sobre a manutenção de Márcio Zimmermann no ministério, Lobão disse que ele já ocupa um
cargo importante e poderá
mudar de posição. "É um dos
nomes que estão cotados para a secretaria-executiva",
afirmou. "Portanto, haverá
um "upgrade" para ele, se ele
for nomeado."
Lobão disse que o presidente Lula deu liberdade para a formação da equipe e
que Dilma Rousseff não pediu a manutenção de nenhum secretário.
"Esse ministério não será
de porteira fechada. O ministro é do PMDB, muitos cargos serão ocupados por técnicos indicados pelo PMDB,
mas haverá também diretores de estatais de outros partidos", disse.
Hubner
O ex-ministro interino de
Minas e Energia, Nelson
Hubner, continuará no governo federal, a pedido do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Ele não aceitou ficar
como secretário-executivo
de Edison Lobão para dar
mais liberdade ao novo ministro.
"Vocês [jornalistas] iam
falar "tá vendo, o ministro assumiu mas não assumiu,
porque o secretário-executivo é o que era ministro, é do
grupo da ministra Dilma". Isso não é bom. Ele [Lobão]
tem toda a condição de ter
uma gestão profissional e
boa no ministério", afirmou
Hubner, outro técnico do setor ligado a Dilma Rousseff.
Hubner não informou para onde irá, mas o governo
poderá encaixá-lo em uma
estatal do setor, assessorando a Casa Civil, ou na EPE
(Empresa de Pesquisa Energética). Na Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica), só abrem vagas em janeiro do ano que vem, quando
vence o mandato de Jerson
Kelman e Hubner passará a
ser forte candidato à vaga.
(HUMBERTO MEDINA)
Colaborou FÁBIO ZANINI, da Sucursal de Brasília
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