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Consolidação no setor de etanol avança com fusão ETH-Brenco
Nova empresa tem planos para moer 37 milhões de toneladas de cana e produzir 3 bi de litros de álcool
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A ETH Bioenergia, empresa
de açúcar e álcool controlada
pelo grupo Odebrecht, anuncia
hoje, em São Paulo, o acordo final para a fusão de ativos com a
Brenco, empresa criada por um
grupo de investidores, como
Vinod Khosla, criador da Sun, e
Steve Case, responsável pela
AOL nos EUA. O memorando
de entendimento para a união
das duas empresas havia sido
assinado no início de novembro do ano passado.
A fusão cria uma das maiores
companhias de processamento
de cana-de-açúcar no Brasil,
com estimativa de capacidade
para moagem de 37 milhões de
toneladas e a produção de 3 bilhões de litros de álcool a partir
da safra 2013/2014.
Criada em 2007, a ETH
-presidida pelo ex-presidente
da petroquímica Braskem-
tem projetos para investimentos de R$ 6 bilhões nos próximos anos. O objetivo do braço
de açúcar e álcool do grupo
Odebrecht é montar três polos
de produção nos Estados de
São Paulo, Mato Grosso do Sul
e Goiás. Um terço do capital da
ETH já é controlado por uma
trading japonesa, a Sojitz.
A Brenco, empresa que enfrentou grandes dificuldades financeiras nos últimos anos depois de se lançar num grande
projeto de investimento, tinha
planos para investir R$ 5,5 bilhões até o ano de 2015. A meta
era construir 12 unidades de
processamento de cana. Como
a ETH, o plano da Brenco também era montar três polos de
produção.
Consolidação
O processo de consolidação
do setor de açúcar e álcool
avançou nos últimos meses no
Brasil. No início de fevereiro,
um acordo histórico marcou a
união da Cosan e a petroleira
Shell. A união formou uma
companhia com força suficiente para ser uma grande consolidadora do setor. O negócio envolverá a junção da divisão de
distribuição de combustíveis
no mercado brasileiro.
Shell e Cosan (que assumiu a
estrutura de distribuição da Esso no ano passado) serão responsáveis, sozinhas, por distribuir 3 bilhões de litros de álcool
no mercado interno.
A Shell terá papel fundamental para a internacionalização
do álcool combustível. O acordo entre Shell e Cosan é considerado passo importante para a
conversão do etanol em commodity mundial.
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