São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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Após aumento dos juros, ações de bancos dão impulso à Bolsa

Em seu 3º pregão positivo seguido, Bovespa avança 0,62%

EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE

As ações dos grandes bancos foram os papéis mais favorecidos pela alta da taxa Selic para 11,75%, decidida anteontem à noite, e contribuíram para a Bovespa emendar seu terceiro pregão consecutivo de ganhos.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, encerrou o pregão de ontem em alta de 0,62%, aos 64.552 pontos. Com isso, o indicador acumulou avanço de 1% no ano.
Entre os papéis componentes do índice mais valorizados do dia, a ação preferencial do Bradesco subiu 3,47%, enquanto a ação do Itaú ascendeu 3,57%, e a ação ordinária do Banco do Brasil, 4,10%.
"O que favoreceu essas ações foi a decisão do Copom [Comitê de Política Monetária] e também a perspectiva de que a Selic ainda suba por mais algum tempo. Independentemente de saber por quantas reuniões mais, o fato é que a tendência de curto prazo é de alta [dos juros], o que fez os bancos receberem uma atenção maior do mercado", afirma Daniel Doll Lemos, chefe do departamento de análise da corretora Socopa. "A alta dos juros pode ter um impacto negativo pelo lado da carteira de crédito, mas temos que lembrar que eles devem ganhar com a carteira de títulos públicos."
A ação preferencial da Petrobras, o papel mais negociado da praça, valorizou-se em 2,03%, num dia em que o barril de petróleo rondou a marca histórica dos US$ 115 em Nova York.
Analistas mencionaram que os investidores continuam interessados no ativo, com a perspectiva de que novas reservas sejam confirmadas.
A Bolsa de Nova York concluiu os negócios de ontem praticamente estável, em leve alta de 0,01% (Dow Jones), enquanto a Nasdaq recuou 0,35%.
O mercado americano está sob forte influência da temporada de balanços corporativos.
Ontem, o banco Merrill Lynch estragou o café da manhã de muito investidor ao revelar prejuízo de US$ 1,97 bilhões (leia á pág. B11).
O quadro não melhorou com os balanços da Pfizer (remédios) e da Harley-Davidson (motos). A fabricante do Chantix e do Lipitor reportou que o lucro trimestral teve decréscimo de 18%, para US$ 2,784 bilhões, devido à competição com as marcas genéricas.
Já a tradicional fabricante de motocicletas decepcionou analistas ao informar lucro de US$ 187,6 milhões -queda de 2,5%.
O setor de informática forneceu uma das poucas notícias positivas do dia. A IBM anunciou anteontem, após o fechamento dos mercados, um lucro 26% maior que no primeiro trimestre do ano passado. O Google também anunciou aumento nos ganhos.


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