São Paulo, sábado, 18 de abril de 2009

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Citigroup anuncia melhora em seu balanço

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Citigroup reportou um lucro de US$ 1,6 bilhão em seu balanço do primeiro trimestre, depois de um ano de seguidos prejuízos e três operações de socorro vindas do governo dos Estados Unidos. Esses ganhos são computados antes do pagamento de dividendos aos acionistas preferenciais, o que transformou o lucro em perda de US$ 966 milhões.
Ainda assim, o resultado -atribuído ao esforço no corte de custos e ao desempenho da área de banco de investimento- é melhor do que o do primeiro trimestre do ano passado, quando o grupo registrou prejuízo de US$ 5,11 bilhões.
O presidente do Citigroup, Vikram Pandit, disse-se satisfeito. "Com os ganhos de US$ 1,6 bilhão e faturamento de cerca de US$ 25 bilhões, nós tivemos a melhor performance trimestral desde o segundo trimestre de 2007", afirmou.
Mesmo as perdas de US$ 966 milhões (US$ 0,18 por ação) para os acionistas ordinários ficaram em nível melhor do que o previsto -analistas do mercado esperavam perda de US$ 0,30 por ação e receita de US$ 21,73 bilhões. O Citigroup foi uma das instituições mais atingidas pela crise mundial.
Para analistas, o resultado do Citi, somado ao balanço de outras instituições que também registraram ganhos no primeiro trimestre- como JPMorgan Chase, Goldman Sachs e Wells Fargo-, indica que o sistema financeiro nos Estados Unidos dá sinais de estabilização, mas não há motivo para euforia.
"Talvez a crise no setor bancário esteja se estabilizando", disse Richard Hunter, economista da Hargreaves Landsdown, em Londres. "Os resultados [do Citi] ficaram melhor do que o previsto. Mas os investidores não devem ficar eufóricos, já que houve US$ 2,3 bilhões de perdas com o "subprime" [hipotecas de alto risco]", afirmou David Buik, estrategista do BGC Partners.

Com agências internacionais


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