LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Vinte pessoas foram presas ontem, entre elas nove policiais rodoviários federais e um policial rodoviário estadual, acusadas de contrabando e descaminho de mercadorias no Rio Grande do Sul. Durante mais de oito meses (tempo que levou a investigação), o grupo movimentou cerca de R$ 10 milhões.
O grupo de contrabandistas utilizava ônibus fretados e outros carros menores para transportar produtos adquiridos em Ciudad del Este (Paraguai, na divisa com Foz do Iguaçu-PR), entrando ilegalmente em território nacional.
As mercadorias cruzavam o Rio Grande do Sul pela BR-386, passando pelos postos da Polícia Rodoviária Federal em Lajeado, Tabaí e Montenegro.
Uma rede de corrupção foi montada, na qual policiais rodoviários federais passavam aos contrabandistas informações sigilosas sobre barreiras de fiscalização montadas pela Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual, Receita Federal, Receita Estadual e Polícia Federal, indicando o melhor momento para trafegar pela rodovia.
Em contrapartida pela informação, os policiais recebiam parte dos produtos contrabandeados.
Nas investigações, a Polícia Federal teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal. Participaram da operação, denominada Macunaíma, 144 policiais federais, 100 policiais rodoviários federais e 6 auditores-fiscais da Receita Federal, no total de 250 agentes.


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