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Abril bate recorde de criação de empregos
Mês registra criação de 302 mil vagas formais e governo vê efeitos do PAC
Indústria de transformação e construção civil foram os destaques na geração de
novos postos, segundo o Ministério do Trabalho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O mercado de trabalho formal registrou em abril o melhor
resultado mensal da história,
segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados).
A criação recorde de 301.991
vagas no mês passado empolgou o governo, que já aposta na
geração de 1,650 milhão de postos de trabalho com carteira assinada neste ano.
A estimativa do Ministério
do Trabalho para 2007 supera o
resultado verificado em 2004,
quando foi atingida a marca
inédita de 1,523 milhão de novos empregos formais no ano.
"A expectativa é de ultrapassar 2004. Esperamos algo como 1,650 milhão. Será daí para
cima", afirmou ontem o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Os dados do primeiro quadrimestre do ano também revelam um desempenho recorde
do mercado de trabalho formal.
De janeiro a abril, foram gerados 701.619 postos. O número é 23,2% superior ao do mesmo período do ano passado
-até então o melhor resultado
para o quadrimestre.
O Caged foi criado em 1992 e
reflete a situação do mercado
de trabalho formal -exceto
trabalhadores domésticos e
funcionários públicos. Os dados sobre contratação e demissão são divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho com base em informações prestadas pelas empresas.
Até agora, o melhor mês para
o mercado de trabalho formal
havia sido maio de 2004 - saldo de 291.882 contratações.
"Em abril, tivemos o maior resultado para todos os meses. É
um recorde na história do Caged e já é uma comprovação
real da implementação do PAC
[Programa de Aceleração do
Crescimento]", declarou Lupi.
Na avaliação do ministério, a
performance da construção civil evidencia a movimentação
de empresas na realização de
obras do PAC. O setor gerou
30.887 postos em abril, o que
representa um recorde para o
mês. Trata-se de um aumento
de 111% na comparação com o
melhor abril do setor, que ocorreu em 2001.
Os segmentos de movimento
de grandes terrenos (terraplanagem para construção), obras
viárias (metrô/estradas),
transporte aéreo (obras em aeroportos) e serviços técnicos de
engenharia apresentaram expressiva contratação no mês,
aponta o Caged.
Outro destaque no mês foi a
indústria da transformação.
Assim como o dado global do
mês, o número registrado pela
indústria em abril foi recorde
para todos os meses do Caged.
Foram criadas 103.763 vagas.
Esse crescimento foi puxado
pelas contratações na indústria
alimentícia. Na avaliação do
ministério, um dos motivos para esse resultado foi o aumento
do salário mínimo para R$ 380,
elevando o consumo das famílias.
Na análise da economista da
consultoria Tendências Cláudia Oshiro, o emprego formal
vem batendo recordes seguidos
e deverá fechar o ano com desempenho semelhante ao de
2004. No entanto, na avaliação
de Oshiro, ainda não se pode falar de efeitos do PAC. "O PAC
pode influenciar alguns setores, mas não é o determinante.
O aumento do emprego vem do
crescimento econômico", declara a economista.
(JULIANNA SOFIA)
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