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Prefeitura rejeita rótulo de "eldorado" e diz que expansão também atrai custos
DA FOLHA RIBEIRÃO
Maior atração de investimentos significa também mais
problemas, segundo a Prefeitura de Ribeirão Preto. Escaldada
com o título de Califórnia brasileira que recebeu nos anos 80
e responsável por uma intensa
migração que lotou favelas e
aumentou os problemas sociais, a administração "rejeita"
o rótulo de novo eldorado.
"Quando o município começa a ter avanço de indicadores
positivos, atrai problemas também, principalmente de infra-estrutura. Todo processo de
desenvolvimento acaba atraindo custos", disse o secretário da
Fazenda, Afonso Duarte.
A cidade fechou 2007 com
49.537 empresas, 5,47% a mais
que no ano anterior, graças às
2.748 novas atividades.
O prefeito da cidade, Welson
Gasparini (PSDB), no quarto
mandato, diz que a vantagem
de Ribeirão é ter equilíbrio econômico e que o surgimento de
favelas se deve à falta de políticas envolvendo o governo. Para
ele, a solução é nacional.
"A pessoa chega à favela e põe
o filho em escola, tem remédio
de graça, assistência, médico.
Manda carta a parentes, que às
vezes estão em situação pior, e
eles vêm para cá. Mesmo a favela aqui às vezes é melhor."
A classificação da cidade em
primeiro lugar no ranking nacional de moradores de rua do
Ministério do Desenvolvimento Social, para Gasparini, é conseqüência do fechamento de
hospitais de doentes mentais.
Os gargalos do trânsito, que
devem crescer com o boom
imobiliário, podem ser minimizados por obras como viadutos
e passagens subterrâneas, afirma o superintendente da Transerp, Antonio Carlos Muniz.
"Em relação a outras cidades
do mesmo porte, Ribeirão é privilegiada no trânsito", diz.
(MT)
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