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NEGÓCIOS
Siderúrgicas confirmam acordo de fusão e planejam aumentar vendas para os EUA; presidência fica com Steinbruch
CSN/Corus será a 5ª no ranking mundial
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A CSN (Companhia Siderúrgica
Nacional) será a responsável pela
administração do novo conglomerado que surgirá de sua fusão
com a siderúrgica anglo-holandesa Corus. A união das duas companhias, que resultará na criação
de um grupo com capacidade para processar 22,1 milhões de toneladas de aço por ano (sendo o
quinto do ranking mundial), foi
confirmada ontem pelo presidente do conselho da CSN, Benjamin
Steinbruch.
O processo de fusão deve ser
concluído no primeiro semestre
de 2003. "O novo grupo processará toda a cadeia de produtos siderúrgicos. Desde a extração do minério de ferro até a fabricação de
aços muito especiais, como os
destinados a pontes e trilhos", disse Steinbruch.
Um dos principais objetivos da
CSN/Corus, nome provisório da
nova companhia, é aumentar as
vendas para os Estados Unidos.
No ano passado, apenas 30% dos
268 milhões de toneladas que a
companhia exportou foram para
aquele país.
A CSN e a Corus têm feito esforços para aumentar os negócios
nos EUA. A companhia brasileira
adquiriu em 2001 a siderúrgica
Heartland Steel por US$ 50 milhões. A Corus possui naquele
país uma usina que processa sucata, entre outros produtos.
"Pretendemos aumentar os negócios com os americanos. Vamos adquirir novos equipamentos de processamento de aço e expandir nossa produção na mina
de ferro Casa de Pedra, em Minas
Gerais", afirmou Steinbruch. A
produção da mina deve passar de
8 milhões de toneladas anuais para 30 milhões em três anos.
Presidência
Foi justamente a facilidade de
acesso ao minério de ferro, assim
como o melhor desempenho (a
Corus deu prejuízo de US$ 894,21
milhões em 2001), que garantiu a
Steinbruch o direito de presidir a
CSN/Corus a partir de 2004. Isso
apesar de o acordo assinado ontem prever que a companhia brasileira terá maioria simples de
37,6% das ações do novo grupo.
Os outros papéis estão nas mãos
de fundos de investimentos ou
pulverizados.
Segundo Steinbruch, o acordo
com a Corus garante a administração do novo grupo pela CSN,
sem risco de os outros sócios assumirem a administração da empresa posteriormente. "Temos direito de veto."
A fusão da CSN/Corus somente
será concretizada depois de a empresa brasileira realizar uma
transferência interna de ações para uma nova companhia, a CSN
HoldCo. Com a criação da empresa, a CSN passaria a ter 37,6% da
CSN/Corus.
"Para garantir a adesão total dos acionistas da CSN na criação da CSN HoldCo, necessitamos de 50% mais um dos votos", disse Steinbruch. Como o grupo Vicunha Siderurgia (de Steinbruch e da família Rabinovich) possui 46,48% das ações da CSN, a operação é praticamente certa.
Com a criação da CSN HoldCo, essa companhia e a Corus farão troca de ações que resultará no novo grupo internacional.
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