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NO SENADO
Suplicy tenta adiar acordo comercial com Malásia
RAQUEL ULHÔA
da Sucursal de Brasília
A crise no Sudeste Asiático
por pouco não ameaçou a
aprovação, pelo Senado Federal, do texto do Acordo Comercial entre Brasil e Malásia, celebrados pelos governos dos dois
países em 26 de abril de 1996.
O acordo tem o objetivo de
contribuir para "o desenvolvimento das relações comerciais
e econômicas bilaterais em bases de igualdade e benefício
mútuo".
Em geral, esses acordos comerciais são aprovados rapidamente, sem qualquer debate
pelo plenário, após passarem
pela análise da Comissão de
Relações Exteriores.
Ontem, o senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) tentou adiar a
votação com a alegação de que
o acordo com a Malásia deveria
ser melhor examinado por outra comissão técnica.
Ele afirmou que passou "um
furacão pelas nações do Sudeste Asiático, já com repercussão
sobre a economia brasileira".
Suplicy disse que há "vasos
comunicantes na economia internacional" e que os acontecimentos na Ásia podem ter repercussões na América Latina.
Houve debate entre os senadores, mas o plenário acabou
aprovando o acordo, em votação simbólica, após apelos do
relator da matéria, Humberto
Lucena (PMDB-PB).
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