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PREÇOS
'Reajuste é burro', diz Embratur
Passagem
aérea sobe
7,35% na 2ª
DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília
O Ministério da Fazenda autorizou ontem o reajuste de 7,35% no
valor máximo das tarifas aéreas
nacionais. O percentual será adicionado ao preço das passagens a
partir da próxima segunda-feira,
em plena alta estação.
O Ministério da Fazenda também iniciou negociações com o
Ministério da Aeronáutica para
desregulamentar gradualmente o
setor -medida que poderá levar à
redução dos preços das passagens.
Trata-se do segundo reajuste nas
tarifas permitido pelo governo às
empresas aéreas desde julho de
1994, quando o governo lançou o
Plano Real.
De acordo a Seae (Secretaria de
Acompanhamento Econômico)
do ministério, o reajuste anterior,
de 13,5%, foi concedido em junho
do ano passado.
Conforme cálculos da Seae, o
impacto do reajuste das tarifas aéreas na taxa de inflação deverá ser
quase nulo -da ordem de 0,003%
sobre o índice do IBGE, segundo a
Seae. O prejuízo maior está sendo
estimado pela Embratur (Empresa
Brasileira de Turismo).
Mágicos
"Nessa situação, nem se fôssemos mágicos conseguiríamos viabilizar o turismo no país", afirmou
Caio Luiz de Carvalho, presidente
da Embratur.
"Esse reajuste é burro, extemporâneo e só colabora para que o
brasileiro prefira viajar ao exterior", disse.
Dados da Embratur mostram
que, neste mês, a taxa de ocupação
nos hotéis da região Nordeste é de
55%. A média em meses anteriores
era de 70%.
Segundo Carvalho, parte dessa
queda está relacionada aos preços
das passagens aéreas, considerados altos pelos usuários.
Ele afirmou que a proposta do
Ministério da Fazenda de negociar
a desregulamentação do transporte aéreo atende a uma antiga reivindicação da Embratur.
"As companhias têm direito de
pedir aumento nas tarifas. Mas
chegou a hora de o governo refletir
sobre a flexibilização do setor".
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