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ALIMENTOS
Fusão entre Sadia e Perdigão já traz benefícios à BRF
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A união entre a Sadia e a
Perdigão já começou a dar
retorno para a nova empresa.
A Sadia tomou uma fatia das
vendas da Perdigão depois
que um incêndio na fábrica
de Rio Verde (GO), em março, deixou a Perdigão sem estoques de alguns produtos e
causou uma queda de 14,3%
nas vendas para o mercado
interno (em relação ao segundo trimestre de 2008).
"Jamais pensei em dizer
isso até pouco tempo atrás,
mas felizmente a Sadia capturou a maior parte das perdas que tivemos", disse José
Antonio Fay, presidente da
Perdigão.
Por conta de um acordo assinado com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), no entanto,
uma empresa não tem acesso
aos números ou aos planos
de venda da outra.
O novo sistema adotado
não tem capacidade para
fundir operações do tamanho de Sadia e Perdigão.
"Provavelmente, as plataformas serão redesenhadas, e
não fundidas", diz Fay.
As empresas tiveram resultados negativos no último
trimestre. O lucro operacional da BRF (Brasil Foods),
como agora é chamada a Perdigão, caiu mais de 90% na
comparação com o mesmo
período do ano passado.
A Sadia também sofreu
com a ociosidade de suas novas fábricas, que chega a 40%
da capacidade produtiva. A
demanda internacional não
voltou aos patamares anteriores à crise e a oscilação do
câmbio tem dificultado as
negociações.
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