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LUZ
Governo vai estudar impacto de metodologia da Anatel para revisão de tarifas; distribuidoras querem fórmula diferente
Energia pode subir mais com nova regra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo pode adotar nova
metodologia para a revisão das tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia elétrica. Se isso
acontecer, o preço do serviço para
o consumidor deve aumentar. A
próxima revisão está prevista para 2003.
A decisão foi tomada pelo
CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). No começo do
mês, a Aneel (Agência Nacional
de Energia Elétrica) havia definido uma regra que poderia reduzir
os índices de reajustes.
Pela regra definida pela Aneel, a
revisão seria calculada com base
no total de ativos da empresa
(postes e subestações, por exemplo). As distribuidoras de energia,
porém, querem que ela seja feita
com base no fluxo de caixa, que,
no caso do setor elétrico, é bem
superior aos ativos fixos -o que
poderia elevar o reajuste.
Na reunião de ontem, o CNPE,
que tem representantes dos ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento, Planejamento e
Fazenda, decidiu montar um grupo de trabalho para mensurar os
impactos da medida da Aneel. O
presidente Fernando Henrique
Cardoso participou da reunião.
Segundo o ministro Francisco
Gomide (Minas e Energia), ao
propor a revisão o CNPE não passou por cima da decisão do órgão
regulador.
"De maneira nenhuma isso pode ser interpretado como descredenciamento da agência. Provavelmente o relatório do grupo,
que fica pronto em 30 de novembro, vai concluir que a decisão da
Aneel foi correta. Mas resolvemos
avaliar porque o conselho tem a
função de fazer política pública, e
a Aneel, a de regular", disse.
Segundo ele, o grupo de trabalho, que será composto por um
representante de cada ministério
e poderá contar com a assessoria
de consultores externos, vai mensurar os impactos para garantir
que o governo cumpra a sua obrigação de manter o equilíbrio entre os direitos do consumidor e "a maneira encorajadora com a qual sejam feitas as regras para as empresas".
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