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São Paulo, sábado, 18 de outubro de 2003

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TRABALHO

Negociação prossegue e assembléias avaliam amanhã continuidade

Greve na Caixa atinge 21 Estados

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A greve na Caixa Econômica Federal chegou ontem a 21 Estados e sua continuidade será avaliada amanhã em assembléias em todo o país. Em São Paulo, a decisão deve ocorrer na segunda-feira, segundo informou a Confederação Nacional dos Bancários.
Até a noite de ontem, sindicalistas e representantes da direção da Caixa estavam reunidos para discutir uma nova proposta salarial aos funcionários. A reunião deve continuar hoje em Brasília.
"O objetivo é que as negociações cheguem a um bom termo para serem apreciadas nas diversas assembléias dos funcionários da instituição, que ocorrerão no domingo", informou a direção do banco em nota oficial.
Na avaliação dos sindicalistas da CNB e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a paralisação nas agências da Caixa conta com a adesão de 40 mil dos 56 mil empregados da instituição.
De acordo com a assessoria do banco, 88% das 2.000 agências de todo o país funcionaram normalmente ou parcialmente ontem.
A Caixa ofereceu reajuste nos salários de 12,6% -correção de 5% em parte dos complementos salariais, como o piso de mercado (espécie de comissão)-, abono de R$ 1.500 e participação nos lucros de 80% do salário e R$ 650 fixos. A cesta alimentação proposta é de R$ 80 -e não R$ 200, como reivindicam os empregados.

Perdas
Se os funcionários da Caixa Econômica Federal decidirem aprovar a mesma proposta dos bancos privados e do BB (12,6%), vão acumular reajuste salarial de 44,42% entre setembro de 1994 e agosto de 2003 -o que dá em média 4,17% de correção por ano, nos cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos).
A perda salarial (diferença entre a inflação e o reajuste) será, nesse caso, de 5,86%, em média, a cada 12 meses -ou 41,91% desde 1994.


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