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TRABALHO
Negociação prossegue e assembléias avaliam amanhã continuidade
Greve na Caixa atinge 21 Estados
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve na Caixa Econômica Federal chegou ontem a 21 Estados e
sua continuidade será avaliada
amanhã em assembléias em todo
o país. Em São Paulo, a decisão
deve ocorrer na segunda-feira, segundo informou a Confederação
Nacional dos Bancários.
Até a noite de ontem, sindicalistas e representantes da direção da
Caixa estavam reunidos para discutir uma nova proposta salarial
aos funcionários. A reunião deve
continuar hoje em Brasília.
"O objetivo é que as negociações cheguem a um bom termo
para serem apreciadas nas diversas assembléias dos funcionários
da instituição, que ocorrerão no
domingo", informou a direção do
banco em nota oficial.
Na avaliação dos sindicalistas
da CNB e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a paralisação
nas agências da Caixa conta com a
adesão de 40 mil dos 56 mil empregados da instituição.
De acordo com a assessoria do
banco, 88% das 2.000 agências de
todo o país funcionaram normalmente ou parcialmente ontem.
A Caixa ofereceu reajuste nos
salários de 12,6% -correção de
5% em parte dos complementos
salariais, como o piso de mercado
(espécie de comissão)-, abono
de R$ 1.500 e participação nos lucros de 80% do salário e R$ 650 fixos. A cesta alimentação proposta
é de R$ 80 -e não R$ 200, como
reivindicam os empregados.
Perdas
Se os funcionários da Caixa Econômica Federal decidirem aprovar a mesma proposta dos bancos
privados e do BB (12,6%), vão
acumular reajuste salarial de
44,42% entre setembro de 1994 e
agosto de 2003 -o que dá em
média 4,17% de correção por ano,
nos cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos
Sócio-Econômicos).
A perda salarial (diferença entre
a inflação e o reajuste) será, nesse
caso, de 5,86%, em média, a cada
12 meses -ou 41,91% desde 1994.
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