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Bolsa garante alta de 2,2% na semana
Após mais um pregão de intenso sobe-e-desce, Bovespa registra leve baixa de 0,12%; na máxima do dia, subiu 5,21%
Das 66 ações do Ibovespa,
52 terminaram a semana
com valorização; dólar tem
mais um dia de queda, para
encerrar vendido a R$ 2,12
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O fechamento do pregão de
ontem, quando foi registrada
baixa de 0,12%, não ilustra bem
o que foi o dia na Bolsa de Valores de São Paulo. Dentro da tônica que tem dominado os mercados, expressivas oscilações,
com alternâncias de momentos
de perdas e de ganhos, marcaram os negócios de ontem.
Em seu momento mais forte,
a Bovespa registrou valorização
de 5,21%, ontem. Em seu piso
no pregão, recuou 1,67%.
Aos 36.399 pontos, o índice
Ibovespa registrou alta de
2,22% na semana. Mas as perdas acumuladas no mês seguem muito elevadas, em
26,53%. No ano, a queda registrada pela Bolsa paulista está
em 43,03%.
No mercado de câmbio, que
tem sido influenciado pelas
atuações do BC, o dólar encerrou em baixa de 1,99%, cotado a
R$ 2,12. Na semana, a queda do
dólar ficou em 8,38%. Ontem, o
BC anunciou nova medida, que
é a realização de leilões para
ofertar dólares destinados a financiar as exportações.
O resultado favorável das
ações de maior peso na composição do Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) ajudou o
mercado brasileiro a recuar
menos do que o norte-americano ontem. Em Nova York, o
Dow Jones, que é o índice que
agrupa as 30 ações americanas
de maior liquidez, encerrou
com depreciação de 1,41%.
A Petrobras conseguiu ontem voltar a se apreciar, em um
dia marcado pela alta do barril
de petróleo em Nova York.
Mas, apesar da valorização de
3,55%, ontem, a ação PN da estatal terminou a semana com
baixa de 4,2%.
Outro papel de elevada liquidez, o preferencial "A" da Vale,
encerrou o pregão de ontem
com ganhos de 3,62%.
Nesta semana, com a diminuição dos temores em relação
ao risco de o sistema bancário
internacional entrar em colapso, os mercados voltaram a focar suas atenções na temida
ameaça de recessão econômica.
Dessa forma, cada novo dado
econômico conhecido tem agitado os pregões.
Nos últimos dias foram apresentados mais números decepcionantes da economia norte-americana. Ontem, por exemplo, foi anunciada a queda na
construção de novas casas nos
Estados Unidos, que recuou a
seu mais baixo nível desde o começo de 1991.
No Brasil, apesar de a economia estar longe de uma recessão, os economistas começam a
contar com um crescimento
menos robusto à frente.
"Diante do atual cenário pouco animador, a economia brasileira também deve registrar
menor crescimento ao longo do
próximo ano. Com o aumento
das incertezas, menor liquidez
mundial e crédito mais restrito,
estimamos uma desaceleração
da taxa de crescimento do PIB
brasileiro para 3,2% no próximo ano, após dois anos de crescimento acima de 5%", diz Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Na semana, a Bovespa viveu
pregões bastante díspares: na
segunda, houve valorização de
14,66%. Já na quarta, o mercado foi em sentido oposto, e a
Bolsa recuou 11,39%.
Apesar dos dias ainda difíceis
no mercado acionário, vários
papéis tiveram apreciação elevada na semana. Foram 52 as
altas dentre as 66 ações do Ibovespa. A ação PN da Ultrapar liderou os ganhos, com alta de
34,18% na semana, seguida por
Nossa Caixa ON (24,88%) e
Braskem PNA (22,08%).
Na outra ponta, a ação ordinária da Cosan foi a que mais
caiu: 12,20%. Logo atrás apareceram BM&FBovespa ON, com
baixa de 12,16%, e Petrobras
ON, que recuou 8,9%.
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