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TRIBUTOS
Participação do Estado cresce em 4 anos e chega a 49,14%
SP já arrecada metade de todos
os impostos federais do país
MARCOS CÉZARI
da Reportagem Local
O Estado de São Paulo já arrecada metade de todos os impostos e
contribuições federais. A participação paulista no bolo da receita
tributária nacional vem crescendo
nos últimos quatro anos.
Em 95, o Estado respondia por
45,23% da arrecadação nacional,
percentual que cresceu para
47,55% em 96 e para 48,06% no
ano passado.
Neste ano, contabilizado o período de janeiro a agosto, a participação chegou mais perto da metade
-está em exatos 49,14%. Do total
de R$ 78,166 bilhões arrecadados
pela Receita Federal, São Paulo
contribuiu com R$ 38,414 bilhões.
Para ter uma idéia da diferença
entre a participação paulista e a
dos demais Estados, a segunda região fiscal que mais arrecadou neste ano responde por apenas 17,32%
do total (16,11% em 97). Detalhe: a
região engloba os Estados do Rio
de Janeiro e do Espírito Santo.
"Devemos fechar o ano bem
mais perto da metade, com cerca
de 49,8%", afirma o superintendente da Receita em São Paulo,
Flávio Del Comuni.
Se o total arrecadado pelo Estado
está muito próximo da metade, há
tributos e contribuições em que a
participação já é bem superior a
60%, mostrando que São Paulo
continua sendo o motor do país.
Nesse caso estão o IOF (Imposto
sobre Operações Financeiras) e a
CPMF (Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira).
O IOF é o imposto que tem a
maior participação paulista, com
65,55% entre janeiro e agosto deste
ano. Em 95 foi de 59,18%; em 96, de
61,52%; e em 97, de 63,80%.
Da receita total da CPMF -cobrada nos saques bancários- no
ano passado, 61,83% saíram de São
Paulo. Neste ano, até agosto, a participação cresceu para 61,92%. Em
95, quando a contribuição foi cobrada pela primeira vez (como imposto), foi de 46,98% (em 96 não
houve cobrança).
Em termos de valores, a maior
contribuição do Estado vem do
Imposto de Renda. Dos R$ 30,877
bilhões arrecadados até agosto
deste ano, 50,63% saíram de São
Paulo, ou seja, R$ 15,634 bilhões.
A menor participação paulista
vem do ITR (Imposto Territorial
Rural), com 27,94% neste ano.
Apesar de baixa, ela vem crescendo, pois estava em 20,64% em 97 e
19,89% em 96.
Segundo Del Comuni, a participação paulista é reduzida nesse caso porque as terras do Estado são
produtivas -quando mais produtivas as propriedades rurais, menor é o imposto. Nos Estados em
que as terras têm menor aproveitamento, o imposto é maior.
Para o próximo ano, o superintendente da Receita prevê que a
participação paulista ficará entre
49,7% e 50%, apesar da queda no
ritmo da atividade industrial. Como a redução deve ser generalizada em todo o país, a participação
seria mantida, ou até aumentada,
em termos percentuais.
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