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MERCADO FINANCEIRO
Sabatina do presidente do BC e resultado da reunião do Copom deixam mercado em ritmo de espera
Em dia tranquilo, Bovespa sobe 0,57%
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a euforia da segunda-feira, o mercado teve um dia tranquilo, porém um pouco menos
otimista e em compasso de espera
pelo resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e da sabatina de Henrique
Meirelles, indicado pelo próximo
governo para a presidência do
Banco Central.
Como a decisão sobre a Selic
(taxa básica de juros) só sai hoje e
a sabatina de Meirelles começou
no início da noite de ontem, a
maioria dos mercados fechou o
dia sem grandes variações.
O dólar caiu 0,98%, cotado a R$
3,575 e a Bovespa fechou com alta
de 0,57%, aos 10.832 pontos. O C-Bond, principal título da dívida
externa brasileira, caiu 1%. A desvalorização foi atribuída à realização dos lucros devido a forte valorização do dia anterior.
Apesar de um leve aumento, o
risco-país fechou ontem a um nível 27% inferior ao de dois meses
atrás. Segundo João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, a queda do índice tem ajudado a tranquilizar o mercado.
Além disso, a entrada de alguns
investimentos por parte de bancos também estão ajudando a
manter o otimismo.
Na Bovespa, a alta do início do
dia, quando a valorização chegou
a 1,64%, perdeu um pouco a força
durante a tarde. Segundo Luiz
Antônio Vaz das Neves, diretor
da corretora Planner, desde o início a alta era "artificial", impulsionada pelas operações feitas no
mercado futuro com as ações de
maior liquidez.
As maiores altas do Ibovespa foram Braskem PNA (4,1%), Usiminas PNA (3,9%) e Bradespar PN
(3,7%). As baixas ficaram com
NET PN (7,1), Tele Leste Celular
PN (6,3%) e as ações ordinárias
do Banco do Brasil (4,8%), que
sofreram com a suspensão da
oferta pública de ações.
Juros
Nas negociações feitas na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), os juros dos contratos
DI (juro interbancário) com vencimento em janeiro de 2003, fecharam em alta de 0,7%. A valorização reflete a expectativa do
anúncio hoje de uma nova alta da
taxa básica de juros, mas é pequena devido ao aumento acumulado nos últimos dias. Os contratos
mais negociados, com vencimento em abril do próximo ano, fecharam em baixa de 2%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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