São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Sabatina do presidente do BC e resultado da reunião do Copom deixam mercado em ritmo de espera

Em dia tranquilo, Bovespa sobe 0,57%

DA REPORTAGEM LOCAL

Após a euforia da segunda-feira, o mercado teve um dia tranquilo, porém um pouco menos otimista e em compasso de espera pelo resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e da sabatina de Henrique Meirelles, indicado pelo próximo governo para a presidência do Banco Central.
Como a decisão sobre a Selic (taxa básica de juros) só sai hoje e a sabatina de Meirelles começou no início da noite de ontem, a maioria dos mercados fechou o dia sem grandes variações.
O dólar caiu 0,98%, cotado a R$ 3,575 e a Bovespa fechou com alta de 0,57%, aos 10.832 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, caiu 1%. A desvalorização foi atribuída à realização dos lucros devido a forte valorização do dia anterior.
Apesar de um leve aumento, o risco-país fechou ontem a um nível 27% inferior ao de dois meses atrás. Segundo João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, a queda do índice tem ajudado a tranquilizar o mercado.
Além disso, a entrada de alguns investimentos por parte de bancos também estão ajudando a manter o otimismo.
Na Bovespa, a alta do início do dia, quando a valorização chegou a 1,64%, perdeu um pouco a força durante a tarde. Segundo Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, desde o início a alta era "artificial", impulsionada pelas operações feitas no mercado futuro com as ações de maior liquidez.
As maiores altas do Ibovespa foram Braskem PNA (4,1%), Usiminas PNA (3,9%) e Bradespar PN (3,7%). As baixas ficaram com NET PN (7,1), Tele Leste Celular PN (6,3%) e as ações ordinárias do Banco do Brasil (4,8%), que sofreram com a suspensão da oferta pública de ações.

Juros
Nas negociações feitas na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros dos contratos DI (juro interbancário) com vencimento em janeiro de 2003, fecharam em alta de 0,7%. A valorização reflete a expectativa do anúncio hoje de uma nova alta da taxa básica de juros, mas é pequena devido ao aumento acumulado nos últimos dias. Os contratos mais negociados, com vencimento em abril do próximo ano, fecharam em baixa de 2%.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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