São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 2002

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PRODUÇÃO

Ela é 45% do total do país

Indústria de SP cresce 5% após cinco quedas

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de cair por cinco meses seguidos, a produção da indústria paulista, que representa cerca de 45% do total do país, se recuperou: cresceu 5% em relação a outubro de 2001. Foi o melhor resultado desde maio de 2001, quando a alta fora de 6,9%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Parte desse crescimento, de acordo com o IBGE, se deve à fraca base de comparação -em outubro de 2001 o país vivia o período de pico do racionamento de luz, com baixo nível de produção.
Mas não é só isso: importantes setores da indústria paulista reagiram, como material de transporte (o principal ramo é a indústria automobilística), cuja produção cresceu 21,4% em outubro.
Ao comentar o resultado de São Paulo, Mariana Rebouças, técnica do Departamento de Indústria do IBGE, destacou o "efeito multiplicador" que setor automobilístico tem nos demais ramos industriais, o que fez melhorar a produção de vários segmentos de fornecedores, como, por exemplo, a metalúrgica, que teve expansão de 15,5% em outubro.
Puxada pela exportação de açúcar e suco de laranja, o ramo de alimentos teve alta de 13,2%.
Para Rebouças, houve uma leve recuperação do consumo interno. Serviram de estímulo, diz ela, as reduções de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros.
Além disso, o pagamento do expurgo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e as encomendas para o Natal também ajudaram a elevar o consumo.

Outros Estados
O mesmo efeito de uma base deprimida em 2001 também fez subir a produção de outros Estados. Das 12 áreas pesquisadas, dez cresceram. As maiores taxas ficaram com Espírito Santo (22,2%), Rio (20,2%) e Pernambuco (12,9%). Só foi registrada queda de produção em Santa Catarina (4,7%) e Bahia (1,3%).


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