Secches deixará presidência em 2008, mas fará sucessor

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de fazer o maior número de aquisições de seus 73 anos de existência, em 2007, a Perdigão espera aproveitar as sinergias das novas operações no próximo ano.
Em período de silêncio, em função do processo de oferta de ações para a compra da Eleva, os executivos da empresa deram poucos detalhes sobre os próximos passos da empresa.
Adiantaram, porém, que esperam crescimento médio de 10% das vendas em volume para os próximos anos. Nos últimos 12 anos, o percentual de crescimento foi de 14% ao ano.
Também investirão R$ 800 milhões ao ano, nos próximos anos. Entre os planos de aquisições, estão dois novos frigoríficos, para que a empresa atinja a meta estabelecida de abate de 6.000 cabeças por dia, até 2011.
No primeiro trimestre será feito ainda um reposicionamento das marcas. "São ativos que compramos e faremos com que deixem de competir entre si", afirma Nildemar Secches, presidente da Perdigão. "Vamos focar as marcas de maior personalidade e voltar outras a segmentos específicos."
Algumas delas, no entanto, podem ser eliminadas. "É impossível conviver com tantas marcas", diz Nelson Hacklauer, diretor de novos negócios.
O ano de 2008 também será marcado pela saída de Secches da presidência executiva. O nome do sucessor será anunciado em abril, e, após seis meses de treinamento, Secches ficará na presidência do conselho.
Segundo ele, o fim da CPMF poderia ser o motor para que finalmente a reforma tributária saia. Ele também afirmou que o preço dos grãos não deverá cair.
Até novembro, a Perdigão gastou R$ 1,2 bilhão em aquisições e R$ 520 milhões em expansões, o que a levou à posição de maior empresa brasileira do setor de alimentos. Com isso, deverá se tornar a terceira maior produtora de aves do mundo, atrás das americanas Tyson e Pilgrim.


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