|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Participação de exportações de eletroeletrônicos cai em 2009
A participação das exportações no faturamento do setor
eletroeletrônico vai fechar
2009 em queda.
Neste ano, as vendas para o
exterior representaram 12,8%
do total faturado pelas indústrias de eletroeletrônicos, ante
14,8% em 2008.
Fatores como câmbio desfavorável e mercado internacional retraído contribuíram para
que as exportações fechassem
2009 em US$ 7,2 bilhões, de
acordo com a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
O número já minguou cerca
de 45% desde 2002, segundo
Humberto Barbato, presidente
da entidade. "A queda vem
ocorrendo desde que o câmbio
começou a se valorizar, mas
neste ano foi mais acentuada."
A importância das exportações caiu com mais força em
2009, devido às restrições à entrada dos produtos brasileiros
impostas por países como Argentina, Venezuela e Equador.
Os itens que mais sofreram foram os celulares, que ocupavam presença expressiva nas
vendas aos vizinhos.
Também foram prejudicados
os itens de "alto valor agregado
nacional", que são principalmente os produtos elétricos,
como motores, com alta composição de peças nacionais.
A maioria dos eletrônicos
brasileiros, feitos a base de
componentes importados
-pelos quais se pagam menos-, encontrou menor dificuldade ao serem exportados
depois de prontos.
"Se nada for feito com o câmbio para tornar nosso produto
mais competitivo, essa participação deve cair para 10% em
2010", afirma Barbato.
EM POUCAS
PALAVRAS
Grandes empresários não poupam elogios
ao professor e consultor Vicente Falconi.
Mesmo assim, as vendas do livro "O Verdadeiro Poder", lançado no início deste mês,
surpreenderam. A primeira edição se esgotou, com a venda de 10 mil exemplares,
apenas uma semana após o lançamento. A
segunda, com a mesma quantidade, chega
às prateleiras nesta semana. Falconi não
publicava livros havia dez anos. Nome de
referência em gestão, o consultor ajudou a
criar em empresas brasileiras, como Gerdau, a cultura de eficiência, conceitos que
tem levado para o setor público também. O
autor afirma que se preocupou em não ser
prolixo ao relatar sua experiência acumulada neste livro. É um método simples para
estabelecer metas. "Não queria fazer um livro grande. Contei as experiências que deram certo", diz Falconi. A renda total da
primeira edição foi destinada ao instituto
Ismart, que identifica crianças de baixa
renda com alto potencial intelectual. A segunda edição também será.
DINAMARQUESAS
FLORESTAS
A expectativa da Fibria
(empresa criada com a união
de Aracruz Celulose e VCP)
na COP-15 era que a preservação das florestas brasileiras ganhasse visibilidade como estratégia para a construção de uma economia de
baixo carbono.
CELULOSE
Umberto Cinque, gerente-geral de meio ambiente
industrial da Fibria, apresentou durante a conferência experiência sobre as
emissões de carbono em toda a cadeia. A certificação
mostra o quanto o setor pode ser sustentável, já que o
sequestro de carbono das
florestas manejadas é maior
que as emissões, diz a Fibria.
ESPECIALISTAS
Empresários brasileiros
presentes na COP-15 se esforçam para se tornar especialistas em ambiente. Sinal
de que o setor privado já entendeu que não terá espaço
nos mercados de Europa e
EUA, caso não se ajuste à
economia de baixo carbono,
segundo Daniela Stump, da
área de sustentabilidade do
Pinheiro Pedro Advogados.
ANO DE DIVULGAÇÃO
Se este ano foi de consciência, 2010 será de divulgação. Empresários devem
superar a timidez e participar de fóruns globais, o que
difere da organização de
evento para plateia brasileira em fórum internacional,
como na COP-15, diz Stump.
Venda do comércio popular cresce até 15% na primeira quinzena
Ruas congestionadas, calçadas lotadas e sacolas cheias.
Os lojistas do comércio popular em São Paulo já comemoram o aumento das vendas na
primeira quinzena deste mês,
após terem enfrentado um
Natal estagnado em 2008.
Na região do Bom Retiro, as
vendas cresceram 15% nos
primeiros 15 dias deste mês
em relação ao mesmo período
do ano passado.
A percepção de Nivaldo Júnior, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas
do Bom Retiro, é que o consumidor antecipou as compras.
Por esse motivo, ele afirma
que aqueles que deixarem as
compras para a última hora
podem acabar não encontrando o produto desejado.
Segundo Júnior, um dos
motivos que levaram ao crescimento do comércio foi o arrefecimento da crise financeira. "Apesar do impacto da crise no primeiro semestre,
2009 foi um ótimo ano para o
varejo, que conseguiu se recuperar nos últimos seis meses."
Já na região do Brás, as vendas tiveram expansão de 10%
na primeira quinzena, segundo a Alobrás (Associação de
Lojistas do Brás). A entidade
prevê aumento de 8% no total
das vendas deste mês, já que
na segunda quinzena a comercialização tende a ser menor. O faturamento deste ano
deve fechar em R$ 9,8 bilhões,
de acordo com a associação.
Para Jean Makdissi Júnior,
diretor da Alobrás, a crise não
afetou diretamente as vendas
da região neste ano. "Os consumidores seguraram as compras de bens de maior valor
agregado e acabaram gastando mais com vestuário." Além
disso, para manter o nível de
consumo, os lojistas passaram
a parcelar mais as compras,
diz Makdissi Júnior.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
Próximo Texto: Fisco vai colocar fiscal dentro de empresas Índice
|