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Em meio a crise, holding de Dubai inaugura complexo bilionário em Las Vegas
Steve Marcus - 16.dez.09/Reuters
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Fogos de artifício no lançamento do Aria, o cassino-resort que faz parte do CityCenter, projeto da MGM Mirage e da Dubai World
DA REDAÇÃO
Os números são de chamar
a atenção em qualquer mesa
de jogo: investimento de
US$ 8,5 bilhões, milhares de
quartos de hotéis, 9.000 funcionários envolvidos na construção e outros 12 mil que trabalharão agora.
Esses são os dados de um
complexo gigante que foi
inaugurado em Las Vegas, a
capital do jogo nos Estados
Unidos, mas a grande aposta é
sobre o futuro de um de seus
investidores: a Dubai World, a
empresa que ameaçou recentemente dar calote em seus
credores e assustou investidores em todo o mundo.
Após cinco anos e disputas
judiciais entre os investidores
MGM Mirage e Dubai World,
o projeto privado de construção mais caro da história dos
EUA, conhecido como CityCenter, foi inaugurado oficialmente com a abertura do Aria,
uma mistura de cassino e resort, com 61 andares, 4.004
quartos, complexo de vendas
e 42 restaurantes e bares.
Mas, em meio a uma festa
para 5.000 convidados, entre
eles vários VIPs, como a atriz
Eva Longoria, da série "Desperate Housewives", uma das
dúvidas que pairavam era sobre o futuro desse investimento caso a Dubai World desista do negócio.
Não haverá problema, segundo o presidente-executivo
da MGM Mirage, Jim Murren. Ele disse não estar preocupado com os problemas financeiros da Dubai World
porque agora o projeto está
totalmente completo e financiado. Mais: se a holding dos
Emirados Árabes Unidos pedir concordata, ele afirmou
que a MGM Mirage pode até
adquirir a metade da participação que a parceira tem no
investimento em Las Vegas.
Em março, a Dubai World
processou a MGM Mirage por
quebra de contrato e colocou
o projeto em risco, dizendo
que não entraria mais com dinheiro, mas, após muita negociação, as duas acabaram fechando um acordo.
Outro desafio que o investimento enfrenta agora é a economia de Las Vegas, que, num
reflexo dos problemas vividos
pelo restante do país, enfrenta
a pior crise desde que o jogo
foi legalizado, nos anos 30.
O número de visitantes deve cair neste ano para 35 milhões, o pior resultado desde
1999. Há dois anos, a cidade
recebeu o recorde de 39,2 milhões de turistas.
Com agências internacionais
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