São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

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Em meio a crise, holding de Dubai inaugura complexo bilionário em Las Vegas

Steve Marcus - 16.dez.09/Reuters
Fogos de artifício no lançamento do Aria, o cassino-resort que faz parte do CityCenter, projeto da MGM Mirage e da Dubai World

DA REDAÇÃO

Os números são de chamar a atenção em qualquer mesa de jogo: investimento de US$ 8,5 bilhões, milhares de quartos de hotéis, 9.000 funcionários envolvidos na construção e outros 12 mil que trabalharão agora.
Esses são os dados de um complexo gigante que foi inaugurado em Las Vegas, a capital do jogo nos Estados Unidos, mas a grande aposta é sobre o futuro de um de seus investidores: a Dubai World, a empresa que ameaçou recentemente dar calote em seus credores e assustou investidores em todo o mundo.
Após cinco anos e disputas judiciais entre os investidores MGM Mirage e Dubai World, o projeto privado de construção mais caro da história dos EUA, conhecido como CityCenter, foi inaugurado oficialmente com a abertura do Aria, uma mistura de cassino e resort, com 61 andares, 4.004 quartos, complexo de vendas e 42 restaurantes e bares.
Mas, em meio a uma festa para 5.000 convidados, entre eles vários VIPs, como a atriz Eva Longoria, da série "Desperate Housewives", uma das dúvidas que pairavam era sobre o futuro desse investimento caso a Dubai World desista do negócio.
Não haverá problema, segundo o presidente-executivo da MGM Mirage, Jim Murren. Ele disse não estar preocupado com os problemas financeiros da Dubai World porque agora o projeto está totalmente completo e financiado. Mais: se a holding dos Emirados Árabes Unidos pedir concordata, ele afirmou que a MGM Mirage pode até adquirir a metade da participação que a parceira tem no investimento em Las Vegas.
Em março, a Dubai World processou a MGM Mirage por quebra de contrato e colocou o projeto em risco, dizendo que não entraria mais com dinheiro, mas, após muita negociação, as duas acabaram fechando um acordo.
Outro desafio que o investimento enfrenta agora é a economia de Las Vegas, que, num reflexo dos problemas vividos pelo restante do país, enfrenta a pior crise desde que o jogo foi legalizado, nos anos 30.
O número de visitantes deve cair neste ano para 35 milhões, o pior resultado desde 1999. Há dois anos, a cidade recebeu o recorde de 39,2 milhões de turistas.


Com agências internacionais


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