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CRÉDITO
Construtoras divergem sobre criação de cadastro negativo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
As entidades representativas do setor de construção
divergiram em suas reações à
MP (Medida Provisória) nº
472, que veta recursos públicos e financiamento de bancos oficiais a construtoras
que entreguem obras em
atraso ou com problemas. A
medida foi publicada anteontem.
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) aprovou a medida do governo, qualificando-a como
importante para retirar do
mercado empresas que realizem um mau trabalho.
O SindusCon-SP (Sindicato da Construção), por sua
vez, repudiou a iniciativa.
Em nota à imprensa, o presidente da entidade, Sergio
Watanabe, afirmou que "se
criou desnecessariamente
um novo foco de insegurança
jurídica na atividade da construção." O sindicato argumenta que atrasos e problemas nas obras podem escapar ao controle das empreiteiras e que "vedar o acesso a
financiamentos públicos é
um instrumento severo demais para ser colocado sob a
discricionariedade dos operadores da Caixa".
Setor aeronáutico
Já a Embraer comemorou
a decisão do governo federal
de conceder incentivo fiscal
às empresas do setor aeronáutico instaladas no país.
Para a fabricante, a medida
tem potencial para transformar o Brasil em exportador
de peças e partes aeronáuticas, na medida em que coloca
os produtores nacionais em
pé de igualdade com os estrangeiros.
Com a crise financeira, a
Embraer passou a enfrentar
queda no volume de vendas e
pedidos para adiar a entrega
de aeronaves. Consequentemente, reduziu as encomendas feitas aos fornecedores.
Para o diretor do Ciesp
(Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo) em São
José dos Campos, Almir Fernandes, no entanto, o incentivo não alivia a situação das
empresas do setor, que, segundo ele, precisam de ajuda
do governo para saldar dívidas de compra de máquinas e
pagamento de impostos.
(DANILO VILELA BANDEIRA E FÁBIO AMATO)
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