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Presidente de câmara nega redução de preço
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Câmara de
Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, disse que,
em vez de se queixarem das importações chinesas, os empresários brasileiros deveriam
"buscar parcerias para ganhar
dinheiro". Ele afirmou que, ao
contrário do Brasil, o governo
chinês tem adotado medidas de
estímulo à economia, o que inclui incentivos às exportações.
Ele negou que os exportadores tenham condições de reduzir em 40% seus preços para
compensar a desvalorização do
real ante o dólar. "As margens
dos produtos chineses são mínimas, eles ganham no volume", diz. Entretanto, Lang confirma a disposição dos chineses
em buscar mercados alternativos aos produtos barrados nos
países centrais.
Ele disse que a China tem hoje cerca de US$ 2,3 trilhões em
reservas (juntando Hong Kong
e Macau), recurso que já é utilizado para irrigar o crédito. "O
Brasil, em vez de ficar reclamando, poderia se aproveitar,
com parcerias, desses recursos", afirma.
Secex
A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do MDIC
(Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior) informou que acompanha neste momento a evolução das importações de alguns
setores sensíveis aos produtos
chineses. Em termos gerais, a
desvalorização do real ante o
dólar tem servido para segurar
as importações de produtos
chineses. "Não há aumento de
importações da China. Pelo
contrário, há uma redução em
termos gerais", diz o secretário
da Secex, Welber Barral.
O que tem chamado a atenção da Secex é a tentativa de
fraudes nas importações. O secretário informou que tem
crescido o número de operações de importação consideradas suspeitas e que são negadas
pelo governo brasileiro. Para
ele, problemas como subfaturamento, falta de indicação de
origem ou classificação aduaneira são manobras em uso sistemático nas importações.
(AB)
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