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MERCADO FINANCEIRO
Futuros projetam juros maiores para janeiro
da Reportagem Local
Os juros projetados para janeiro
nos mercados futuros subiram
com por causa das declarações do
ministro da Fazenda, Pedro Malan, sugerindo uma alteração na
política monetária que permita
uma alta de juros "para preservar
a inflação sob controle".
As declarações do presidente
Fernando Henrique Cardoso chegaram a acalmar o mercado futuro
de juros, mas por pouco tempo.
No fechamento, os contratos
com vencimento em fevereiro,
que projetam as taxas para janeiro, fecharam a 33,92% ao ano,
contra 32,75% da sexta-feira.
"Sem ajuste fiscal aprovado,
não dá para reduzir os juros por
causa do risco da inflação", disse
Joaquim Paulo Kokudai, operador-chefe de renda fixa do Lloyds.
Os demais contratos, de vencimento em março e abril, passaram
a projetar juros menores para fevereiro e março, de 41,68% e
39,50% ao ano, contra 43,78% e
45,46% na sexta-feira. O mercado
aposta todas as suas fichas que o
Congresso vai aprovar a reforma
na Previdência e a CPMF.
Nos contratos de câmbio, a variação permitida ontem no mercado foi de 6% no primeiro vencimento, em fevereiro, e de 12% no
segundo e terceiro, em março e
abril. Hoje, o limite de variação
máximo vai para 11% no primeiro
vencimento e 14% nos dois outros.
Os investidores acreditam que a
BM&F alterou os limites de variação pois não haverá dificuldades
de pagamento dos ajustes por parte dos investidores vendidos.
Grande parte dos recursos virá do
Banco do Brasil, que vendia o dólar futuro para defender a antiga
política de desvalorização gradual
do real. Fundos de bancos pequenos e médios também continuam
a registrar fortes perdas.
O índice Bovespa futuro, cujo limite de alta foi de 25% ontem, volta aos 15% hoje. Investidores que
tinham vendido o IBovespa futuro, apostando em uma queda na
Bolsa, estão sendo forçados, após
a liberação na flutuação do câmbio, a compensar suas posições.
Com a alta de 33,4% no mercado
de ações à vista na sexta-feira, o
índice futuro atingiu seu limite de
alta. Os investidores tiveram de vir
ao mercado à vista comprar ações
para compensar as perdas no mercado futuro. Com isso, puxam
mais para cima os preços das
ações no mercado à vista, provocando um efeito de bola de neve.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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