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MERCADO FINANCEIRO
Liquidez foi bastante reduzida; dólar cai 0,17% e Globo Cabo lidera perda de 0,84% da Bovespa
Expectativa por Fed e Copom reduz negócios
DA REPORTAGEM LOCAL
A expectativa em relação aos juros no Brasil e nos Estados Unidos e à aprovação do fim da
CPMF para a compra de ações
marcou os negócios no mercado
financeiro ontem. A espera reduziu o ânimo para os negócios.
Com isso, o giro financeiro da
Bovespa, que vinha se mantendo
na casa dos R$ 700 milhões nos
últimos dias, fechou ontem a R$
481,944 milhões. O Ibovespa encerrou com baixa de 0,84%, para
14.244 pontos.
O mercado acionário no Brasil
viveu a expectativa para a reunião
do Federal Reserve, o BC dos
EUA, hoje. Além disso, ainda se
mostra reticente em relação à demora na votação, pelo Congresso,
do fim da CPMF para aplicações
em Bolsa.
"Para o mercado, o prejuízo é
evidente", afirma Helio Osaki,
analista da Finambras. A votação
estava prevista para ocorrer na semana em que a crise política entre
PFL e PSDB começava.
As ações da Globo Cabo, mais
uma vez, lideraram as perdas do
índice. Os papéis preferenciais da
companhia caíram mais 7,9% ontem. O mercado teme a repercussão e as possíveis contestações do
aumento de capital de R$ 1 bilhão
anunciado pela companhia na semana passada. A operação conta
com a participação do BNDES.
O mercado de câmbio operou
boa parte do dia em alta. Mas o
dólar fechou com desvalorização
de 0,17%, cotado a R$ 2,342.
A queda da moeda foi definida
pelo anúncio, já nos minutos finais das negociações, de que a
cervejaria canadense Molson
comprou a Kaiser por US$ 765
milhões. O mercado antecipou as
comemorações pela entrada de
recursos.
Os negócios com juros também
foram bastante reduzidos e, mais
do que a expectativa, viveram a
certeza de que o Banco Central reduzirá a taxa amanhã. A maior
parte dos analistas avalia que a
autoridade monetária optará pela
cautela e o corte será de 0,25 ponto. "Se o BC quiser ser ousado, reduzirá a taxa em 0,75 ponto, para
18%", diz Eduardo Novo, economista-chefe do Banco Santos.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de
outubro, os de maior liquidez, tiveram pouca variação em relação
ao fechamento da sexta. Projetaram taxa de 17,89%, ante 17,86%.
As negociações já refletiam a expectativa de corte há semanas.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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