São Paulo, segunda-feira, 19 de março de 2007

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AL deve crescer 4,5% neste ano, prevê banco

DA ENVIADA À GUATEMALA

O IIF (Instituto de Finanças Internacionais) divulgou ontem, durante a reunião anual do BID, na Guatemala, suas previsões para o crescimento da América Latina neste ano e no próximo.
A entidade prevê que a região avance 4,5% em 2007 e 3,9% em 2008. São taxas robustas, mas inferiores à de 2006, que foi de 4,9%. No ano passado, a América Latina se beneficiou de um ambiente global altamente favorável -China liderando-, mas espera-se que, a partir de agora, as exportações, a demanda interna e os investimentos privados diminuam um pouco o ritmo.
A inflação na região deve chegar a 5,5% neste ano, ante 4,8% em 2006. O superávit comercial deve cair 28,57%, para US$ 85 bilhões, devido à elevação das importações. As reservas internacionais devem subir 7,9%, para cerca de US$ 300 bilhões.
Para o IIF, a América Latina precisa aproveitar o momento positivo e realizar as reformas necessárias a fim de sustentar no longo prazo o crescimento observado recentemente: controlar gastos, melhorar sua política fiscal, fortalecer suas instituições, assegurar os direitos de propriedade e flexibilizar as leis trabalhistas.
O Chile é uma exceção, já que tem conseguido guardar um pouco dos lucros obtidos com a exportação de cobre. Porém, a análise sobre o Brasil mostra que o país ainda tem muito a fazer se deseja ver o seu PIB (Produto Interno Bruto) avançar a um passo mais rápido. Em 2005, ele teve alta de 2,3% e, em 2006, ela foi de 2,9%. As estimativas do IIF são de 3,8% para 2007 e 3,5% para 2008.
"O Brasil está mostrando sinais de dinamismo, é uma grande economia, mas uma taxa de crescimento de 3% ou 4% ao ano não é suficiente para uma população do tamanho que tem", disse Charles Dallara, diretor do IIF.


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