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RIQUEZA AMERICANA
Número de pessoas retirando benefício é o maior dos últimos 19 anos, diz o Departamento do Trabalho
Pedido de seguro-desemprego sobe nos EUA
DA REDAÇÃO
O número de norte-americanos
retirando o dinheiro do seguro-desemprego no país atingiu o
mais alto patamar dos últimos 19
anos. Segundo o Departamento
do Trabalho dos EUA, mais de 3,8
milhões de pessoas no país estão
retirando o benefício. Os dados
são da semana terminada em 6
deste mês -último dado disponível.
"Isso significa provavelmente
que o mercado de trabalho ainda
está muito fraco e que as pessoas
desempregadas estão levando
mais tempo para encontrar emprego", disse Stuart Hoffman,
economista-chefe do PNC Bank,
em Pittsburgh.
Os economistas norte-americanos concordam que a economia
está melhorando, mas que o mercado de trabalho não está acompanhando no mesmo passo. Segundo eles, o desemprego deverá
persistir por um tempo. Uma retomada depende da iniciativa das
empresas de contratar mais trabalhadores em vez de aumentar a
carga de trabalho de seus funcionários.
O problema, segundo eles, é que
a confiança das empresas na retomada da economia ainda é fraca.
A melhora desse quadro vai depender, por sua vez, do aumento
na confiança dos consumidores.
E é consenso entre os especialistas
que ainda deve demorar alguns
meses para que os consumidores
voltem a acreditar na economia
dos EUA e a aumentar seus gastos.
Pedidos semanais
Além disso, na semana passada
o número de pessoas retirando o
seguro pela primeira vez subiu
para 445 mil -mil a mais do que
no período anterior.
O mercado esperava que esse
número recuasse, mas os dados
das últimas semanas estão um
pouco "sujos", segundo os especialistas. Muitos desempregados
cujos benefícios estão no fim
apresentaram pedidos para estender o recebimento do seguro, o
que dificulta a leitura dos dados.
Recentemente, o governo aumentou o número de semanas
que o seguro desemprego é pago.
Aqueles que entraram com o pedido antes dessa decisão podem
pedir que o prazo seja estendido
para se adequar às regras atuais.
"Até que isso se estabilize, ficará
difícil interpretar esses números",
disse David Wyss, economista-chefe da Standard & Poor's de
Nova York.
Para alguns economistas, os pedidos de aumento de prazo para o
recebimento do seguro deverão
refletir negativamente no desemprego total no país.
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