São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Número de pessoas retirando benefício é o maior dos últimos 19 anos, diz o Departamento do Trabalho

Pedido de seguro-desemprego sobe nos EUA

DA REDAÇÃO

O número de norte-americanos retirando o dinheiro do seguro-desemprego no país atingiu o mais alto patamar dos últimos 19 anos. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, mais de 3,8 milhões de pessoas no país estão retirando o benefício. Os dados são da semana terminada em 6 deste mês -último dado disponível.
"Isso significa provavelmente que o mercado de trabalho ainda está muito fraco e que as pessoas desempregadas estão levando mais tempo para encontrar emprego", disse Stuart Hoffman, economista-chefe do PNC Bank, em Pittsburgh.
Os economistas norte-americanos concordam que a economia está melhorando, mas que o mercado de trabalho não está acompanhando no mesmo passo. Segundo eles, o desemprego deverá persistir por um tempo. Uma retomada depende da iniciativa das empresas de contratar mais trabalhadores em vez de aumentar a carga de trabalho de seus funcionários.
O problema, segundo eles, é que a confiança das empresas na retomada da economia ainda é fraca. A melhora desse quadro vai depender, por sua vez, do aumento na confiança dos consumidores. E é consenso entre os especialistas que ainda deve demorar alguns meses para que os consumidores voltem a acreditar na economia dos EUA e a aumentar seus gastos.

Pedidos semanais
Além disso, na semana passada o número de pessoas retirando o seguro pela primeira vez subiu para 445 mil -mil a mais do que no período anterior.
O mercado esperava que esse número recuasse, mas os dados das últimas semanas estão um pouco "sujos", segundo os especialistas. Muitos desempregados cujos benefícios estão no fim apresentaram pedidos para estender o recebimento do seguro, o que dificulta a leitura dos dados.
Recentemente, o governo aumentou o número de semanas que o seguro desemprego é pago. Aqueles que entraram com o pedido antes dessa decisão podem pedir que o prazo seja estendido para se adequar às regras atuais.
"Até que isso se estabilize, ficará difícil interpretar esses números", disse David Wyss, economista-chefe da Standard & Poor's de Nova York.
Para alguns economistas, os pedidos de aumento de prazo para o recebimento do seguro deverão refletir negativamente no desemprego total no país.



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