DA REDAÇÃO

DO PAINEL S.A.

A grande pergunta que o consumidor se faz agora é: como vou conseguir economizar e evitar tarifas altas e corte de energia?
O professor James Correia, 42, coordenador de mestrado em regulação da indústria de energia da Unifacs (Universidade de Salvador) e pesquisador da USP (Universidade de São Paulo) diz que a solução é fazer um acompanhamento minucioso, diário, para não ser surpreendido quando a conta chegar.
Correia foi um dos idealizadores do programa "Gestão do Racionamento: alternativa aos "apagões"", que foi adotado e tornado público pelo governo ontem.
O programa prevê tarifas mais altas a quem não economizar. E até rompimento do fornecimento de energia num período de três a seis dias, a quem não cumprir as metas. O idealizador do programa dá as dicas para evitar as penas. Sua grande dica é meio óbvia: "A população deve aprender a economizar energia".
Algumas propostas para se obter tal resultado estão descritas abaixo. Propõem formas de reduzir o uso de energia em diversos tipos de residência e em qual proporção, para que as metas sejam atingidas no final. Correia também orienta as pessoas a fazerem um acompanhamento minucioso do consumo de eletricidade, verificando no relógio de luz se a média está sendo atingida ou não.
Não adianta deixar para os últimos dias do mês, pois o sacrifício deverá ser maior ainda (afinal, é melhor assistir a uma hora a menos de televisão por dia, do que ser obrigado a deixá-la desligada por três dias seguidos no final do mês, por exemplo).
A proposta do professor foi dividida em três exemplos hipotéticos (veja quadros). Um é a do consumidor residencial com faixa de consumo de até 200 kWh; a segunda é a de quem utiliza entre 201 e 500 kWh mensais e, por fim, o consumidor que gasta acima de 501 kWh todo mês.
Basicamente, a solução apontada é diminuir o uso de eletrodomésticos, reduzir o tempo debaixo no chuveiro e deixar as lâmpadas apagadas por mais tempo. O que as tabelas mostram de novidade, porém, é por quanto tempo isso deve ser feito para que as metas de redução sejam atendidas.
No exemplo número um, as dicas são factíveis: ao invés de ouvir o aparelho de som por três horas, passe a duas por dia; assista televisão durante três e não cinco horas diárias e reduza o consumo de ventilador de três para duas horas a cada dia.
Também prevê a substituição de lâmpadas de 60W (incandescentes) por outras, fluorescentes compactas, de 15W. O custo da substituição seria de R$ 28,00, mas o consumidor "ganharia" ao não pagar a tarifa excedente.
De acordo com a faixa de consumo, as soluções tornam-se mais complexas. A dica é localizar sua faixa de consumo e ver onde o professor sugere os cortes diários.
"Economiza ao máximo que puder no primeiro mês", prega o idealizador do plano.


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