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Petrobras tem desempenho pior do que os concorrentes
Em dólar, o lucro da companhia caiu 34,4% no 1º tri
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Não foi um período de lucros
exuberantes para as petroleiras, mas o desempenho da Petrobras no primeiro trimestre
deste ano ficou ainda pior do
que o das grandes companhias
do setor, mostra estudo da consultoria Economática, feito a
pedido da Folha.
Em dólar, o lucro da Petrobras caiu 34,4% no primeiro
trimestre, para US$ 2,014 bilhões (R$ 4,1 bilhões). Já algumas gigantes norte-americanas do setor viram os ganhos
subirem: ChevronTexaco
(18%), ExxonMobil (10,5%),
ConnocoPhilips (7,8%) e Valero Energy (34,8%).
Das seis petroleiras com lucro acima de US$ 1 bilhão no
trimestre, só a Ocidental Oil
também teve redução no lucro
(-1,4%), embora outras companhias menores e menos lucrativas também tenham registrado queda. O estudo, que compara balanços de petrolíferas
das Américas, mostra outro dado negativo para a estatal brasileira: o desempenho de suas
ações na Bovespa.
Nos últimos 12 meses encerrados em março, os papéis da
Petrobras subiram 12,1%, num
patamar inferior à valorização
registrada por Exxon (26,3%),
Chevron (31,6%) e Marathon
Oil (32,2%), por exemplo. A valorização também é menor do
que a do Ibovespa (20,5%). Das
grandes do setor, só as ações da
ConocoPhillips e da Valero
Energy foram pior -altas de
10,7% e 8,6%, respectivamente.
O desempenho relativamente fraco tanto das ações como
do lucro das petroleiras é explicado pelo recuo do preço do petróleo. O brent cedeu de US$ 61
o barril no primeiro trimestre
de 2006 para US$ 58 no mesmo período de 2007.
No caso específico da Petrobras, outros fatores afetaram.
Quando da divulgação do balanço na semana passada, a estatal atribuiu a queda do lucro
a fatores pontuais, como o elevado custo de estoques formados em 2006.
Listou também os benefícios
pagos para adesão ao novo modelo do plano Petros e a desvalorização do real.
Segundo Felipe Cunha, analista de petróleo do banco Brascan, a companhia sofreu com
alguns custos extraordinários
no trimestre, diferentemente
das demais petroleiras, cujos
resultados foram afetados apenas pela redução do preço do
petróleo. Isso explica a diferença, diz.
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