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Ministro elogia decisão da Justiça de anular votos da GE
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Waldir
Pires, elogiou a decisão da Justiça de anular os votos da GE na
assembléia de credores da Varig e marcar novo leilão para a
empresa.
Para ele, há espaço para uma
solução que mantenha a companhia aérea no mercado em
um cenário de crescimento da
aviação civil. "Não havia como
os credores estrangeiros votarem porque haviam alienado os
créditos. A decisão vai permitir
que se busque um caminho para a empresa. Imagino que a
Varig pode ter saída", afirmou.
Segundo Pires, a empresa
tem problemas financeiros e de
gestão, mas, se for comprada,
pode sobreviver pelo know-how (conhecimento, experiência) que tem do mercado. "O
mercado de aviação está em ascensão, cresce de 14% a 16% ao
ano. Se a Varig ficar, terá condições. Eu desejo que isso possa
acontecer", afirmou. "O final
feliz vai depender do resultado
do leilão."
Dois órgãos importantes do
governo na crise da Varig estão
diretamente relacionados com
o Ministério da Defesa: a Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) e a Infraero (estatal que
administra os principais aeroportos do país e é credora da aérea,). O ministro tem se informado por telefone com o diretor-geral da agência reguladora
sobre o andamento da crise.
Ele ressaltou, no entanto,
que seu otimismo não está relacionado com informações concretas que tenha recebido.
"Meu otimismo está mais relacionado com o meu desejo."
Dívida
Pires afirmou que não há
possibilidade de o governo vir a
fazer um encontro de contas
com a Varig para amenizar o
problema da dívida, que pode
vir a ser herdada pelo futuro
comprador. Ele disse que o governo precisa continuar recorrendo das ações nas quais a aérea reclama a reposição de perdas causadas por planos econômicos. "Se fizer acordo, abre
brecha para outras demandas."
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