São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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Ministro elogia decisão da Justiça de anular votos da GE

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Defesa, Waldir Pires, elogiou a decisão da Justiça de anular os votos da GE na assembléia de credores da Varig e marcar novo leilão para a empresa.
Para ele, há espaço para uma solução que mantenha a companhia aérea no mercado em um cenário de crescimento da aviação civil. "Não havia como os credores estrangeiros votarem porque haviam alienado os créditos. A decisão vai permitir que se busque um caminho para a empresa. Imagino que a Varig pode ter saída", afirmou.
Segundo Pires, a empresa tem problemas financeiros e de gestão, mas, se for comprada, pode sobreviver pelo know-how (conhecimento, experiência) que tem do mercado. "O mercado de aviação está em ascensão, cresce de 14% a 16% ao ano. Se a Varig ficar, terá condições. Eu desejo que isso possa acontecer", afirmou. "O final feliz vai depender do resultado do leilão."
Dois órgãos importantes do governo na crise da Varig estão diretamente relacionados com o Ministério da Defesa: a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Infraero (estatal que administra os principais aeroportos do país e é credora da aérea,). O ministro tem se informado por telefone com o diretor-geral da agência reguladora sobre o andamento da crise.
Ele ressaltou, no entanto, que seu otimismo não está relacionado com informações concretas que tenha recebido. "Meu otimismo está mais relacionado com o meu desejo."

Dívida
Pires afirmou que não há possibilidade de o governo vir a fazer um encontro de contas com a Varig para amenizar o problema da dívida, que pode vir a ser herdada pelo futuro comprador. Ele disse que o governo precisa continuar recorrendo das ações nas quais a aérea reclama a reposição de perdas causadas por planos econômicos. "Se fizer acordo, abre brecha para outras demandas."


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