São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2001

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Companhias querem agência até dezembro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As companhias aéreas têm um forte "lobby" no Congresso para a aprovação até dezembro do projeto que cria a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que pretende desmilitarizar e regulamentar de vez o setor. Com isso, abre-se um importante cargo na República, em fim de governo.
Confirmada a expectativa de votação, a agência poderia começar a funcionar já em janeiro e os primeiros candidatos a assumir sua direção são justamente técnicos envolvidos diretamente nas discussões sobre a crise do setor.

Considera
O principal deles é o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Claudio Considera, que, na versão do mercado, tem apoio não só do ministro Pedro Malan como da Transbrasil, que tem a pior situação financeira, e de políticos do PFL, como o senador Romeu Tuma (SP).
Também estaria na disputa o secretário-executivo do Ministério da Defesa, José Augusto Varanda, que é funcionário de carreira do Banco Central. Ainda de acordo com o mercado, sua "candidatura" estaria sendo insuflada pela Vasp.
Outro nome civil para a agência é o do engenheiro José Carlos Mello, especialista em transportes e com largo trânsito entre militares da Aeronáutica. Ele tem apoio direto da Gol, que teria ajudado a criar.
Mas os militares também podem defender uma "fase de transição", com a transferência do major-brigadeiro Venâncio Grossi do DAC para sua sucessora, a Anac, tão importante como as demais agências reguladoras. Exemplos: ANP (petróleo) e Aneel (energia elétrica). (EC)


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