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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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Agora, procurador analisará união

DA REPORTAGEM LOCAL

O processo de fusão da TAM com a Varig pode enfrentar mais um obstáculo. O Ministério Público do Rio Grande do Sul, responsável pela fiscalização das contas da Fundação Ruben Berta (dona da Varig), decidiu criar uma comissão de procuradores para estudar se aprova ou não a união da companhia aérea com sua concorrente.
Roberto Bandeira Pereira, procurador-geral do Rio Grande do Sul, reuniu-se ontem com Márcio de Marsillac, vice-presidente da Apvar (Associação do Pilotos da Varig), a fim de tratar do assunto.
No encontro, Pereira afirmou que a comissão de procuradores passará a cuidar da fusão da Varig com a TAM.
A decisão de Pereira ocorreu após a Apvar ter entrado no início de agosto com uma representação no Ministério Público, na qual solicitava que Luiz Carlos Zionkowski, procurador de fundações do Rio Grande do Sul, deixasse de atuar no caso.
Zionkowski havia se pronunciado a favor da fusão, em meio à briga que existe entre membros da Fundação Ruben Berta favoráveis e contrários à união.
O procurador teve acesso ao projeto que prevê que os acionistas da Varig terão 5% da nova companhia que resultar da fusão das duas empresas aéreas. Ele aprovou o projeto.
Ontem, a assessoria do Ministério Público do Rio Grande do Sul disse que Zionkowski não estava se pronunciando sobre a fusão das empresas.
A comissão a ser criada pelo procurador-geral Roberto Bandeira Pereira deve ter cinco procuradores. Zionkowski deve participar da comissão.
Na TAM, ainda não foi definido o nome do novo presidente da empresa. O executivo Daniel Mandelli Martin, um dos principais articuladores da fusão, deixou o cargo no dia 14.
Entre os executivos que podem ocupar o cargo estão Ruy Aquino, presidente da Táxi Aéreo Marília, do grupo TAM, e Luiz Antonio Vianna, membro do conselho da companhia aérea.
Noemy Amaro, principal acionista da TAM, deve se reunir hoje com o ministro da Defesa, José Viegas. A TAM tem afirmado que permanece a favor da fusão com a Varig e que a saída de Mandelli ocorreu por motivos pessoais. (LV)


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