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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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ENERGIA

Custo ficou acima do esperado

Petrobras pode negociar valor de plataformas

DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras poderá fazer uma nova rodada de negociações com as empresas participantes da licitação para a construção das plataformas P-51 e P-52. A menor proposta, feita pela parceria entre a Fels Setal (Brasil e Coréia) e a francesa Technip, ficou quase US$ 500 milhões acima da expectativa do mercado, que previa US$ 1 bilhão para as duas plataformas.
O consórcio se propôs a construir a P-51 por US$ 701,207 milhões e a P-52 por US$ 774,917 milhões. Somados, os valores são 30% inferiores aos apresentados pelos outros dois grupos, a coreana Samsung e o consórcio entre a brasileira Odebrecht e a italiana Saipem.
O diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, nega que a exigência de um conteúdo mínimo nacional de 60% do custo da plataforma encareça a P-51 e a P-52. Ele admite, no entanto, que a estatal poderá renegociar com as empresas que participaram da licitação, caso os preços superem o inicialmente estimado para o projeto. Duque não revela qual era a previsão de gastos da empresa.
"Caso a Petrobras considere que o orçamento ficou muito acima dos preços estimados, poderemos tentar renegociar com os grupos para tentar baixar as ofertas, como sempre fazemos."
Recentemente, a Petrobras atrasou o resultado da licitação para os módulos de geração de energia elétrica e de serviços de operação e manutenção das duas plataformas. A estatal considerou que os preços propostos estavam altos demais e negocia agora diretamente com os grupos participantes da concorrência.
A rodada atual se refere à construção dos cascos e sua integração à planta de processos, a parte mais cara.
Como o edital não permite que uma mesma empresa construa as duas plataformas, a expectativa é de que a Fels Setal-Technip se responsabilize pela P-52, que é a mais cara, e a Odebrecht-Saipem fique com a P-51.


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