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ENERGIA
Custo ficou acima do esperado
Petrobras pode negociar valor de plataformas
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras poderá fazer uma
nova rodada de negociações com
as empresas participantes da licitação para a construção das plataformas P-51 e P-52. A menor proposta, feita pela parceria entre a
Fels Setal (Brasil e Coréia) e a
francesa Technip, ficou quase
US$ 500 milhões acima da expectativa do mercado, que previa
US$ 1 bilhão para as duas plataformas.
O consórcio se propôs a construir a P-51 por US$ 701,207 milhões e a P-52 por US$ 774,917 milhões. Somados, os valores são
30% inferiores aos apresentados
pelos outros dois grupos, a coreana Samsung e o consórcio entre a
brasileira Odebrecht e a italiana
Saipem.
O diretor de Serviços da estatal,
Renato Duque, nega que a exigência de um conteúdo mínimo nacional de 60% do custo da plataforma encareça a P-51 e a P-52. Ele
admite, no entanto, que a estatal
poderá renegociar com as empresas que participaram da licitação,
caso os preços superem o inicialmente estimado para o projeto.
Duque não revela qual era a previsão de gastos da empresa.
"Caso a Petrobras considere
que o orçamento ficou muito acima dos preços estimados, poderemos tentar renegociar com os
grupos para tentar baixar as ofertas, como sempre fazemos."
Recentemente, a Petrobras atrasou o resultado da licitação para
os módulos de geração de energia
elétrica e de serviços de operação
e manutenção das duas plataformas. A estatal considerou que os
preços propostos estavam altos
demais e negocia agora diretamente com os grupos participantes da concorrência.
A rodada atual se refere à construção dos cascos e sua integração
à planta de processos, a parte
mais cara.
Como o edital não permite que
uma mesma empresa construa as
duas plataformas, a expectativa é
de que a Fels Setal-Technip se responsabilize pela P-52, que é a
mais cara, e a Odebrecht-Saipem
fique com a P-51.
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