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MERCADO FINANCEIRO
Com expectativa sobre vitória no STF e alta nas ações nos EUA, moeda fecha a R$ 2,98 e Bolsa sobe 3,26%
Dólar recua para o menor valor desde maio
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar recuou ontem 0,37% e
atingiu o menor valor desde 5 de
maio. A Bovespa, em dia de expressiva alta de 3,26%, fechou
com o maior número de pontos
(22.778) desde o início de abril.
A reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária), que terminou ontem, teve pouca influência
no mercado. Entre as instituições
financeiras, não havia dúvidas de
que o resultado seria a manutenção da taxa básica de juros da economia em 16% ao ano.
No fim das operações de ontem,
o dólar foi negociado a R$ 2,984.
O resultado positivo do mercado sofreu influência da expectativa de vitória do governo no STF
(Supremo Tribunal Federal) na
questão da contribuição dos servidores inativos. A alta do mercado acionário norte-americano
também ajudou na valorização
dos papéis brasileiros.
No mercado internacional, os
títulos da dívida brasileira mais
negociados se valorizaram. O
Global 40 teve alta de 0,77%, e os
C-Bonds subiram 0,38%.
Nesse clima positivo, cresceram
as especulações em torno da possibilidade de uma agência classificadora de risco -especulou-se
sobre a Fitch ontem- melhorar a
nota da dívida soberana brasileira, caso o governo ganhasse no
STF.
Negócios fortes
O volume financeiro negociado
no pregão da Bovespa totalizou
R$ 3,3 bilhões, inflado pelo forte
giro do exercício de opções sobre
o Ibovespa e o vencimento do
mercado futuro. O vencimento de
opções sobre o índice foi o melhor
desde fevereiro e movimentou R$
780,2 milhões.
As ações de empresas de telefonia, que acumulam retornos baixos no ano, lideraram as altas de
ontem. No topo das valorizações
ficou a ação PN da Tele Leste Celular (10%).
A inflação apurada pela Fipe em
São Paulo, divulgada ontem (alta
de 0,81% nos últimos 30 dias), não
trouxe surpresas ao mercado.
Para a próxima reunião do Copom, que acontecerá entre 14 e 15
de setembro, os analistas continuam apostando em nova manutenção da taxa básica.
A economista-chefe do UBS no
Brasil, Victoria Werneck, afirma
esperar que o Banco Central volte
a reduzir a taxa básica de juros
apenas quando as expectativas inflacionárias para 2005 caminharem novamente em direção à meta de inflação.
(FABRICIO VIEIRA)
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