São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Com expectativa sobre vitória no STF e alta nas ações nos EUA, moeda fecha a R$ 2,98 e Bolsa sobe 3,26%

Dólar recua para o menor valor desde maio

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar recuou ontem 0,37% e atingiu o menor valor desde 5 de maio. A Bovespa, em dia de expressiva alta de 3,26%, fechou com o maior número de pontos (22.778) desde o início de abril.
A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que terminou ontem, teve pouca influência no mercado. Entre as instituições financeiras, não havia dúvidas de que o resultado seria a manutenção da taxa básica de juros da economia em 16% ao ano.
No fim das operações de ontem, o dólar foi negociado a R$ 2,984.
O resultado positivo do mercado sofreu influência da expectativa de vitória do governo no STF (Supremo Tribunal Federal) na questão da contribuição dos servidores inativos. A alta do mercado acionário norte-americano também ajudou na valorização dos papéis brasileiros.
No mercado internacional, os títulos da dívida brasileira mais negociados se valorizaram. O Global 40 teve alta de 0,77%, e os C-Bonds subiram 0,38%.
Nesse clima positivo, cresceram as especulações em torno da possibilidade de uma agência classificadora de risco -especulou-se sobre a Fitch ontem- melhorar a nota da dívida soberana brasileira, caso o governo ganhasse no STF.

Negócios fortes
O volume financeiro negociado no pregão da Bovespa totalizou R$ 3,3 bilhões, inflado pelo forte giro do exercício de opções sobre o Ibovespa e o vencimento do mercado futuro. O vencimento de opções sobre o índice foi o melhor desde fevereiro e movimentou R$ 780,2 milhões.
As ações de empresas de telefonia, que acumulam retornos baixos no ano, lideraram as altas de ontem. No topo das valorizações ficou a ação PN da Tele Leste Celular (10%).
A inflação apurada pela Fipe em São Paulo, divulgada ontem (alta de 0,81% nos últimos 30 dias), não trouxe surpresas ao mercado.
Para a próxima reunião do Copom, que acontecerá entre 14 e 15 de setembro, os analistas continuam apostando em nova manutenção da taxa básica.
A economista-chefe do UBS no Brasil, Victoria Werneck, afirma esperar que o Banco Central volte a reduzir a taxa básica de juros apenas quando as expectativas inflacionárias para 2005 caminharem novamente em direção à meta de inflação. (FABRICIO VIEIRA)


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