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EM TRANSE
Diretor do IIF diz que relação dívida-PIB é séria
Para bancos estrangeiros, dívida pública preocupa mais que eleição
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
A entidade representativa dos maiores bancos do mundo demonstrou ontem preocupação com o volume da dívida pública do Brasil, mas opinou que os mercados não têm motivos para temer o resultado das eleições.
Charles Dallara, diretor do Institute of International Finance,
entidade sediada em Washington, afirmou que a relação entre a
dívida pública e o PIB (Produto
Interno Bruto) do país é "séria" e
só será reduzida pelo novo governo com esforço fiscal intenso e a
realização urgente das reformas
administrativa e previdenciária.
"Só posso demonstrar preocupação com relação à relação entre
a dívida e o PIB brasileiros", disse
Dallara, durante entrevista na
qual divulgou previsões do fluxo
de capital privado para mercados
emergentes.
"Ela vai exigir monitoramento,
crescimento maior da economia,
maior compromisso com a disciplina fiscal pelo novo governo e
reformas adicionais, como a previdenciária, tributária e administrativa. É bom que o próximo governo comece a agir logo no começo de janeiro."
Em julho, a relação entre a dívida pública e o PIB -um dos principais indicadores da capacidade
de pagamento de um governo-
atingiu o nível recorde de 61,9%.
Investimentos externos
Segundo o IIF, o fluxo de capital para os mercados emergentes deverá cair para US$ 122,9 bilhões em 2002, o nível mais baixo desde 1992. Segundo ele, essa queda deve-se principalmente à fuga de investidores da América Latina.
O IIF prevê que o investimento direto estrangeiro para todos os emergentes caia para US$ 113 bilhões em 2002, US$ 20 bilhões a menos do que em 2001. Para o Brasil, esse valor deve ficar em US$ 17 bilhões em 2002.
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