São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2004

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Planos para aumentar a produção são iniciados antes da retomada

DA REPORTAGEM LOCAL

Os projetos que saem do papel hoje -aqueles que incluem os planos de abertura de fábrica e alguns que visam ampliar de forma significativa a produção- não são conseqüência da retomada do mercado interno. Foram pensados há mais tempo, quando não havia certeza do que ocorreria com a economia brasileira.
O grupo Michelin, fabricante de pneus, por exemplo, que até 2007 deve aumentar sua produção para 1,6 milhão de unidades por ano (alta de 40% em relação à capacidade atual), elaborou seu projeto de expansão em 2002.
"Algumas máquinas chegam a demorar 18 meses para ficar prontas", diz Lourivaldo Ferreira, gerente de comunicação corporativa da empresa, que deve investir US$ 98 milhões no país.
A Suzano Papel e Celulose reformou, em abril deste ano, uma máquina e elevou em mais 43 mil toneladas a sua produção de papel. Outro projeto, apelidado de "Q" e iniciado em 2001, levou ao aumento de mais 60 mil toneladas neste ano -ou seja, 20% da produção.
Na área petroquímica, um dos maiores projetos dos últimos anos ainda não foi finalizado e exigiu investimentos neste ano. Trata-se da Rio Polímeros, um complexo industrial para fabricação de polietileno que está sendo construído pela Suzano Petroquímica em parceria com a Unipar, a Petroquisa e a BNDESPar. A empresa quer estar em plena operação no início de 2005.
Os US$ 54 milhões que a fabricante Klabin investiu para aumentar sua produção de celulose também já faziam parte dos planos da empresa. O grupo olha principalmente o mercado externo para tomar esse tipo de decisão. "Ninguém faz investimentos olhando apenas para o mercado interno", diz Paulo Petterle, diretor da empresa. (AM e MP)


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