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FMI diz que há espaço para novas reduções nos juros
Para entidade, Brasil deverá crescer 4,5% neste ano
DA FOLHA ONLINE
O Conselho Executivo do
FMI (Fundo Monetário Internacional) aconselhou o Banco
Central a manter o ciclo de reduções de juros, em comunicado divulgado ontem, apesar da
preocupação em relação a uma
possível alta na inflação.
No comunicado, o FMI indica que a concretização dos ganhos provenientes da baixa inflação deveria ser uma "prioridade". Mesmo assim, o Fundo
recomendou ao BC que reduza
ainda mais os juros.
O conselho, que representa
os 185 países-membros do organismo, realizou em 30 de julho sua revisão anual da economia brasileira, mas só divulgou
ontem suas conclusões, cuja
publicação requer a aprovação
do governo.
A última reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária)
foi realizada no dia 5 deste mês,
portanto após o encontro no
FMI. Na ocasião, o comitê
aprovou o corte de 0,25 ponto
percentual da Selic, que está
atualmente em 11,25% ao ano.
Alguns dos membros do conselho do FMI opinaram que o
BC deveria diminuir "levemente" a meta de inflação, atualmente situada em 4,5%. No entanto, outros diretores disseram preferir que a meta seja
mantida, para dar mais flexibilidade às autoridades nas respostas a emergências.
O organismo prevê que o IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) terminará o ano em 3,5%.
Ele afirmou que as perspectivas de crescimento do país a
curto prazo "são favoráveis".
Segundo o Fundo, o PIB
(Produto Interno Bruto) deverá se expandir em 4,5% neste
ano. A previsão anterior da entidade era de um crescimento
de 4,4%. Os diretores do conselho também afirmaram que o
principal desafio do país continua a ser a criação de condições
para atingir taxas de crescimento econômico sustentável
mais elevadas e avançar na redução da pobreza.
O conselho destacou que, para conseguir um crescimento
sustentado, o Brasil deverá aumentar a competitividade e a
flexibilidade de sua economia.
Para isso, a entidade afirmou
que a melhora da infra-estrutura é fundamental e recomendou ao governo promover mais
concessões e projetos conjuntos com empresas privadas.
Também enfatizou a necessidade de investir na geração de
eletricidade e de aplicar reformas no mercado de trabalho. O
conselho destacou ainda a importância da reforma tributária
para "simplificar o sistema tributário".
O órgão voltou a elogiar o desempenho orçamentário do
Brasil e afirmou que o país realizou "um esforço fiscal impressionante".
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