São Paulo, quarta-feira, 19 de setembro de 2007

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FMI diz que há espaço para novas reduções nos juros

Para entidade, Brasil deverá crescer 4,5% neste ano

DA FOLHA ONLINE

O Conselho Executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional) aconselhou o Banco Central a manter o ciclo de reduções de juros, em comunicado divulgado ontem, apesar da preocupação em relação a uma possível alta na inflação.
No comunicado, o FMI indica que a concretização dos ganhos provenientes da baixa inflação deveria ser uma "prioridade". Mesmo assim, o Fundo recomendou ao BC que reduza ainda mais os juros.
O conselho, que representa os 185 países-membros do organismo, realizou em 30 de julho sua revisão anual da economia brasileira, mas só divulgou ontem suas conclusões, cuja publicação requer a aprovação do governo.
A última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) foi realizada no dia 5 deste mês, portanto após o encontro no FMI. Na ocasião, o comitê aprovou o corte de 0,25 ponto percentual da Selic, que está atualmente em 11,25% ao ano.
Alguns dos membros do conselho do FMI opinaram que o BC deveria diminuir "levemente" a meta de inflação, atualmente situada em 4,5%. No entanto, outros diretores disseram preferir que a meta seja mantida, para dar mais flexibilidade às autoridades nas respostas a emergências.
O organismo prevê que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) terminará o ano em 3,5%. Ele afirmou que as perspectivas de crescimento do país a curto prazo "são favoráveis".
Segundo o Fundo, o PIB (Produto Interno Bruto) deverá se expandir em 4,5% neste ano. A previsão anterior da entidade era de um crescimento de 4,4%. Os diretores do conselho também afirmaram que o principal desafio do país continua a ser a criação de condições para atingir taxas de crescimento econômico sustentável mais elevadas e avançar na redução da pobreza.
O conselho destacou que, para conseguir um crescimento sustentado, o Brasil deverá aumentar a competitividade e a flexibilidade de sua economia.
Para isso, a entidade afirmou que a melhora da infra-estrutura é fundamental e recomendou ao governo promover mais concessões e projetos conjuntos com empresas privadas.
Também enfatizou a necessidade de investir na geração de eletricidade e de aplicar reformas no mercado de trabalho. O conselho destacou ainda a importância da reforma tributária para "simplificar o sistema tributário".
O órgão voltou a elogiar o desempenho orçamentário do Brasil e afirmou que o país realizou "um esforço fiscal impressionante".


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