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RETRAÇÃO
Economia argentina enfrenta a primeira queda desde 2002
DA REDAÇÃO
A economia argentina se
contraiu em 0,8% entre abril
e junho em relação ao mesmo período do ano passado, a
primeira queda desde o
quarto trimestre de 2002
(época da mais recente crise
do país vizinho), segundo dados divulgados ontem pelo
controvertido instituto oficial de estatísticas do país.
A expectativa de analistas
era que o resultado do segundo trimestre voltasse a ser
positivo -o PIB cresceu 2%
nos primeiros três meses -,
mas isso se deve mais à desconfiança com os dados do
instituto oficial do que ao desempenho da economia.
Os números oficiais mostram queda em praticamente toda a economia argentina. O consumo privado, por
exemplo, que compõe quase
dois terços do PIB da segunda maior economia da América do Sul, caiu 1,8%. A agropecuária e o investimento tiveram quedas de 27% e
10,7%, respectivamente.
Por essa comparação, a
queda no PIB argentino foi
menor que a registrada pelo
brasileiro: de 1,2%. Porém, o
Indec (o órgão oficial de estatísticas) é alvo de polêmica
desde pelo menos o início
2007, quando o governo de
Néstor Kirchner mudou a direção do instituto, que passou a ser alvo de forte suspeita de manipulação de dados.
Em relação ao primeiro
trimestre deste ano, a economia argentina avançou 0,3%
-ante alta de 1,9% do PIB
brasileiro. O país vizinho, no
entanto, sempre segundo os
dados oficiais, evitou a recessão (caracterizada por dois
ou mais trimestres consecutivos de retração), apesar de
se contrair em 0,6% no quarto trimestre de 2008. O PIB
brasileiro caiu de outubro a
dezembro de 2008 e no primeiro trimestre deste ano.
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