São Paulo, sábado, 19 de setembro de 2009

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RETRAÇÃO

Economia argentina enfrenta a primeira queda desde 2002

DA REDAÇÃO

A economia argentina se contraiu em 0,8% entre abril e junho em relação ao mesmo período do ano passado, a primeira queda desde o quarto trimestre de 2002 (época da mais recente crise do país vizinho), segundo dados divulgados ontem pelo controvertido instituto oficial de estatísticas do país.
A expectativa de analistas era que o resultado do segundo trimestre voltasse a ser positivo -o PIB cresceu 2% nos primeiros três meses -, mas isso se deve mais à desconfiança com os dados do instituto oficial do que ao desempenho da economia.
Os números oficiais mostram queda em praticamente toda a economia argentina. O consumo privado, por exemplo, que compõe quase dois terços do PIB da segunda maior economia da América do Sul, caiu 1,8%. A agropecuária e o investimento tiveram quedas de 27% e 10,7%, respectivamente.
Por essa comparação, a queda no PIB argentino foi menor que a registrada pelo brasileiro: de 1,2%. Porém, o Indec (o órgão oficial de estatísticas) é alvo de polêmica desde pelo menos o início 2007, quando o governo de Néstor Kirchner mudou a direção do instituto, que passou a ser alvo de forte suspeita de manipulação de dados.
Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a economia argentina avançou 0,3% -ante alta de 1,9% do PIB brasileiro. O país vizinho, no entanto, sempre segundo os dados oficiais, evitou a recessão (caracterizada por dois ou mais trimestres consecutivos de retração), apesar de se contrair em 0,6% no quarto trimestre de 2008. O PIB brasileiro caiu de outubro a dezembro de 2008 e no primeiro trimestre deste ano.


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