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Bancos estão livres para decidir tarifas
No início, DDA não será cobrado; diferentemente do débito automático, clientes precisam confirmar cada operação
Correntista tem a opção de solicitar que cobranças de terceiros sejam direcionadas para seu DDA e centralizar
os débitos em uma só conta
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancos tiveram liberdade
para definir as características
de seu serviço de DDA (Débito
Direto Autorizado), bem como
as tarifas que decidirem aplicar
para seus clientes utilizarem o
novo sistema, que estreia hoje.
De um modo geral, o DDA terá as mesmas características
em todos os bancos. O cliente
verá na tela do computador, do
celular ou do caixa automático,
quando checar sua conta-corrente, os boletos que há para
pagar e quando vencem. Mas as
instituições financeiras procuraram agregar algumas diferenças a seus clientes.
Quem aderir ao DDA deixará
automaticamente de receber as
cobranças impressas por meio
do correio. Com isso, uma das
dúvidas dos clientes é como saberão que uma nova conta chegou para ser paga.
Sidney Passeri, gerente-executivo da diretoria comercial
do Banco do Brasil, afirma que
os clientes da instituição estão
tendo a oportunidade de "treinar" a utilização do DDA desde
maio. "A partir de segunda [hoje], quando o cliente inserir o
cartão na máquina de autoatendimento ou se conectar ao
site do BB, irá receber uma
mensagem na tela avisando se
há novos boletos para serem
pagos", explica Passeri.
Rizaelcio Machado de Oliveira, gerente do departamento de
produtos do banco do Bradesco, diz que os clientes solicitaram que "houvesse algum sistema de alerta". Dessa forma, a
opção do banco será a de enviar
um e-mail ou um torpedo para
avisar quando um novo boleto
entrou no sistema.
Quem for cliente em mais de
um banco poderá, se preferir,
se inscrever no DDA de apenas
um deles. E, por meio desse cadastro, terá acesso a todos os
boletos que forem emitidos para ele, mesmo que sua origem
seja em outro banco. Se a pessoa desejar se cadastrar em
mais de um banco, para ver os
boletos quando acessar qualquer uma de suas contas, também poderá fazê-lo.
Uma opção é o cliente solicitar que os boletos de terceiros
(filhos, cônjuges) sejam direcionados para o seu DDA. Com
isso, consegue centralizar as
cobranças em só uma conta.
"Até 2010 esperamos ter alcançado uma adesão de ao menos 35% de todos os boletos
eletrônicos", afirma Passeri, do
Banco do Brasil.
Pagamentos
Sandra Boteguim, diretora
de produtos do Itaú Unibanco,
diz que é importante as pessoas
entenderem que o DDA não se
trata de débito automático.
"O cliente recebe as informações dos boletos que vão vencer. Mas, se não der OK, os pagamentos não serão efetuados", afirma.
Os bancos oferecem opções
diversas para o pagamento desses boletos eletrônicos. O débito na conta-corrente ou poupança e no pagamento com cartão de crédito são as formas que
devem centralizar o DDA.
"O fundamental é que, antes
de mais nada, a pessoa seja
cliente da instituição financeira e solicite sua adesão ao
DDA", afirma Boteguim.
Do mesmo modo que o cliente solicita sua entrada no DDA,
se mudar de ideia, pode pedir
para se desligar do sistema.
Basta procurar o banco, solicitar a suspensão de seu cadastro
e voltar a receber seus boletos
impressos em casa.
O sistema não se restringe à
pessoa física -está disponível
também para pessoa jurídica,
para quem o DDA funcionará
da mesma maneira.
Ao menos em algo parece que
os grandes bancos vão fazer a
mesma opção no início do sistema: a não cobrança de tarifa
para utilizar o serviço.
(FABRICIO VIEIRA)
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