São Paulo, segunda-feira, 19 de outubro de 2009

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Inflação nos EUA e Copom são destaques da semana

Expectativa é que os juros sejam mantidos em 8,75%

DA REPORTAGEM LOCAL

A agenda de eventos econômicos desta semana será bastante intensa. Inflação, juros e desemprego estão entre os destaques dos próximos dias.
Amanhã, os investidores irão se deparar com o PPI (índice de preços no atacado dos EUA). No momento em que se espera que a economia se recupere o mais rapidamente possível, um pouco de inflação pode ser um bom sinal, por sinalizar que o consumo está aumentando.
A expectativa dos analistas é que o PPI tenha registrado elevação de 0,1% em setembro.
Ainda amanhã vão ser apresentados números do setor imobiliário. Dados sobre as licenças concedidas para novas construções são o destaque no segmento nos EUA.
Na quarta-feira, haverá importantes eventos.
Nos EUA, a apresentação do livro bege -compilação de dados econômicos norte-americanos- é o indicador relevante do dia. O documento oferece um amplo panorama sobre como tem se comportado a maior economia do planeta.
No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e o presidente do BC) realiza a sua penúltima reunião de 2009. A expectativa do mercado é que o Copom mantenha os juros básicos no atual patamar, de 8,75% ao ano.
Segundo avaliação de José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, "levantamentos formais e informais indicam unanimidade a respeito da expectativa de manutenção da taxa básica em 8,75%. Não penso diferente".
"A dúvida recai sobre o modo pelo qual o Copom pode reagir aos fatos novos desde a reunião de setembro", diz o economista, citando o câmbio, as importações e a curva futura de juros.
O mais recente boletim Focus, realizado pelo BC após pesquisa com cem instituições financeiras, mostrou que o mercado espera que a Selic encerre o ano nos atuais 8,75%. Para o fim de 2010, a expectativa é que a taxa esteja em 10,25%.
Na quinta, o IBGE apresenta o resultado da taxa de desemprego do país no mês passado. A expectativa é que o índice tenha recuado de 8,1% para 8%.
A semana fecha com um discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (BC dos EUA).
Ainda na sexta, vai ser apresentado o volume de vendas de imóveis usados nos EUA.
A agenda brasileira fecha com a apresentação do IPCA-15, para o qual se espera aumento de 0,28%.
O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, que baliza a meta de inflação. A diferença é apenas o período de recolhimento. Enquanto o IPCA acompanha todo o mês-calendário, o IPCA-15 se concentra no fechamento da coleta no meio do mês de divulgação.
O centro da meta do governo 2009 é de 4,5%. Até setembro, o IPCA acumulou alta de 3,21%.


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