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COMBUSTÍVEIS
Aumento é desde o dia 5, quando o produto subiu na refinaria
Gás de cozinha já acumula alta de 17,2%, apura ANP
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Desde o reajuste na refinaria, no
dia 5 deste mês, o preço do gás de
cozinha ao consumidor subiu
17,2%, segundo levantamento da
ANP (Agência Nacional do Petróleo). Somente na semana passada
o produto sofreu um aumento
nas revendas de 8%.
Quando anunciou o reajuste de
22,8% no preço do produto, a Petrobras estimara um aumento ao
consumidor de 17%.
A alta do preço do gás de cozinha foi acompanhada por um salto nas margens de lucro dos revendedores: houve uma elevação
de 19,6% desde que passou a vigorar o reajuste -16,8% só na semana passada-, segundo a ANP.
A margem de lucro bruta (sem
descontar os custos) das revendas
subiu de R$ 2,50 por botijão antes
do aumento para R$ 2,99.
Para Álvaro Chagas, presidente
da Fergás (federação dos revendedores de gás), só 15 dias após a alta
na refinaria será possível identificar se ocorreu uma distorção nas
margens de lucro. É que, segundo
ele, logo depois dos aumentos os
preços sofrem oscilações irreais,
que tendem a desaparecer.
Chagas disse que a margem das
revendas está abaixo do que a Fergás estimara, R$ 3,40 por litro, o
que indica que a pesquisa da ANP
desta semana pode indicar uma
nova recomposição de margens.
O preço do botijão de 13 kg subiu de R$ 23,06 antes do reajuste
para R$ 27,03 na semana passada
-mesmo valor previsto pela Fergás após o reajuste na refinaria.
No caso da gasolina, a alta acumulada desde o reajuste de
12,09% na refinaria, no dia 4 deste
mês, chega a 11,9% -mais do que
os 9% previstos pela Petrobras.
Na semana passada, o aumento
nas bombas foi pequeno: 0,8%.
Recuo
Depois de avançarem nos dias
seguintes ao reajuste, a margem
dos postos de combustível recuou. No caso da gasolina, houve
queda de 21,6% na semana passada. No do diesel, de 25,3%. Logo
após o reajuste da Petrobras, elas
haviam subido 59,9% e 100,7%,
respectivamente.
Esse recuo das margens indica
que há uma acomodação natural
de mercado por causa da concorrência, como sempre acontece
após aumentos na refinaria.
O preço médio nacional do litro
da gasolina, que antes do alta do
dia 4 era de R$ 1,769, está agora
em R$ 1,980, de acordo com o levantamento da ANP.
Na semana passada, o preço do
diesel também sofreu um pequeno aumento: 1,85%. Passou de R$
1,242 para R$ 1,265 o litro. Antes
do reajuste na refinaria, o combustível era vendido a R$ 1,069.
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