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Bolsa perde fôlego e recua 1,3% após dados ruins dos EUA
Setor imobiliário desagrada;
dólar fecha estável, a R$ 1,717
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo acabou por ceder no fim
das operações a mais um dia
fraco no mercado global. Depois de marcar alta de 0,97% na
máxima do dia, a Bolsa perdeu
fôlego e recuou 1,32%.
Nos EUA, alguns dados econômicos ruins serviram de motivo para os investidores se desfazerem de ações. O índice Dow
Jones, um dos principais de
Wall Street, caiu 0,11%. A Nasdaq perdeu 0,48%.
O setor imobiliário foi o que
mais decepcionou. Os números
que mostram o nível de construção de novas moradias no
país sofreu retração de 10,6%
de setembro para outubro e foi
a seu pior patamar desde abril.
A perda de forças dos papéis
da Petrobras acabou por definir
o rumo da Bovespa. Responsáveis por aproximadamente 18%
do total movimentado no pregão ontem, as ações da Petrobras operaram em alta durante
boa parte do pregão, mas não
resistiram às vendas mais expressivas no fim do dia.
O papel preferencial da Petrobras, que fechou com baixa
de 0,52%, chegou a subir 2%.
Sua ação ordinária caiu 0,83%.
O barril de petróleo terminou cotado a US$ 79,58 em Nova York, com apreciação de
0,56%. Mas isso não foi suficiente para as ações da Petrobras escaparem da baixa no dia.
A redução das reservas de óleo
cru e derivados nos EUA favoreceu a alta do produto ontem.
Apesar do recuo de ontem, os
papéis da Petrobras atravessam um bom período. Na semana, as ações da empresa registram valorizações de 2,88%
(PN) e 2,29% (ON).
A Link Investimentos, que
elevou sua recomendação para
os papéis da empresa de "neutro" para "compra", cita a expectativa de a estatal manter o
ritmo positivo de produção nos
próximos meses e a recuperação do petróleo como pontos
favoráveis à Petrobras.
Ontem, o dólar chegou a ser
negociado a R$ 1,706. Mas não
se sustentou nesse patamar: fechou a R$ 1,717, estável. No
mês, a depreciação é de 2,28%.
A entrada de dinheiro na Bolsa responde por boa parte do
fluxo positivo de recursos para
o país no mês, como anunciou o
BC ontem. Até o dia 16, o balanço das operações com capital
externo na Bolsa tinha resultado positivo de US$ 1,2 bilhão.
Há um mês, o governo anunciou que passaria a taxar o capital estrangeiro com 2% de IOF.
O que, a princípio, parecia ser
uma decisão bastante punitiva
para o mercado acionário acabou por se mostrar de baixa eficácia. Ontem o governo anunciou nova taxação, de 1,5% sobre as operações com ADRs
(recibos de ações no exterior).
Captação externa de US$
1,25 bilhão, fechada pela Gerdau, colaborou para a manutenção do dólar em patamares
baixos ontem.
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