DA REPORTAGEM LOCAL

E DA FOLHA ONLINE

Apesar da alta dos juros, a Bovespa registrou ontem seu maior giro financeiro do ano, com R$ 1,665 bilhão, fechando em alta de 1,4% -a 10.984 pontos- e chegando a bater a barreira dos 11 mil pontos durante o dia.
Do total de negócios realizados ontem, o vencimento de opções sobre o índice respondeu por R$ 424,976 milhões. Esse desempenho reflete a entrada de recursos novos -principalmente por investidores estrangeiros.
Para Sérgio Machado, do banco Fator, a decisão do Comitê de Política Monetária foi interpretada pelos investidores como um sinal de que a nova equipe se manterá preocupada com a inflação. "O aumento é uma recomposição da confiança no modelo de política monetária", disse.
Segundo analistas, essa confiança maior de que a economia está "sob controle" também faz com que os investidores voltem a investir no mercado de capitais e, consequentemente, puxem a alta da Bovespa.
Além da mudança nos juros, o vencimento do índice futuro também trouxe ânimo ao pregão. Em alguns momentos o Ibovespa chegou a apresentar desvalorização em relação à terça-feira, mas com a alta das operações no mercado futuro a queda se inverteu.
Segundo um operador, as definições dos nomes para a composição do novo governo foram tão bem aceitas que nem o aumentos dos juros ou o dia negativo nas Bolsas do exterior foram suficientes para fazer a Bovespa terminar o dia em baixa.
As maiores desvalorizações do dia ficaram com as ações preferenciais da Vale do Rio Doce, que caíram 2,8%, e os papéis Embraer ON (-2,7%). Os destaques positivos ficaram com Net PN (7,6%), Eletrobrás ON (7,3%) e Copel PNB (7%).

Juros
Ao contrário de algumas reuniões anteriores, a alta dos juros não trouxe muito nervosismo ao mercado de juros. Para os operadores, como a alta era quase uma unanimidade, muitos já haviam se prevenido nos dias anteriores.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos com vencimento em janeiro de 2003 tiveram uma alta de 0,74 ponto percentual, passando para 24,49%. Os contratos mais negociados, com vencimento em abril, subiram 0,29 ponto, para 26,23%.


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