São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 2006

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Ministro admite indenizar a Petrobras, mas valor só deverá sair em fevereiro

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A Bolívia já admite indenizar a Petrobras, que tem de ceder o controle de suas duas refinarias em território boliviano (Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra) para a estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos).
"O decreto de nacionalização contempla a compra de 50% mais uma das ações das refinarias em poder da Petrobras. Agora, conversamos com o ministro Silas [Rondeau, de Minas e Energia]. Estamos em processo de contratar uma consultoria para definir o valor das refinarias. Conheceremos o valor do conjunto para entrar em um processo de negociação com a Petrobras", disse Carlos Villegas, ministro de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia.
O decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos é de maio, mas a Bolívia não tinha iniciado as negociações e chegou a declarar que não iria pagar nenhuma indenização a Petrobras, já que ela teve lucros acima do permitido pela legislação boliviana. No final de outubro, o presidente Evo Morales sugeriu que o Brasil "presenteasse" a Bolívia com as refinarias.
A primeira reunião entre as estatais brasileira e boliviana deverá ocorrer na primeira semana de janeiro. A definição do preço por parte da consultoria deve sair entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
A Petrobras precisa também negociar com a YPFB o preço do gás importado. Hoje, a média é de US$ 4,09 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), e os bolivianos querem que o valor seja elevado. (APR)

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