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Ministro admite indenizar a Petrobras, mas valor só deverá sair em fevereiro
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A Bolívia já admite indenizar
a Petrobras, que tem de ceder o
controle de suas duas refinarias
em território boliviano (Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra) para a estatal boliviana
YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos).
"O decreto de nacionalização
contempla a compra de 50%
mais uma das ações das refinarias em poder da Petrobras.
Agora, conversamos com o ministro Silas [Rondeau, de Minas e Energia]. Estamos em
processo de contratar uma consultoria para definir o valor das
refinarias. Conheceremos o valor do conjunto para entrar em
um processo de negociação
com a Petrobras", disse Carlos
Villegas, ministro de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia.
O decreto de nacionalização
dos hidrocarbonetos é de maio,
mas a Bolívia não tinha iniciado
as negociações e chegou a declarar que não iria pagar nenhuma indenização a Petrobras, já que ela teve lucros acima do permitido pela legislação
boliviana. No final de outubro,
o presidente Evo Morales sugeriu que o Brasil "presenteasse"
a Bolívia com as refinarias.
A primeira reunião entre as
estatais brasileira e boliviana
deverá ocorrer na primeira semana de janeiro. A definição do
preço por parte da consultoria
deve sair entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
A Petrobras precisa também
negociar com a YPFB o preço
do gás importado. Hoje, a média é de US$ 4,09 por milhão de
BTU (unidade térmica britânica), e os bolivianos querem que
o valor seja elevado.
(APR)
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