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China quer limitar o uso de milho e trigo em biocombustíveis
Preocupação é que o uso de grãos para obter o etanol eleve mais os preços dos produtos e reduza os estoques de alimentos
Forte demanda fez preço do milho subir quase 20% em novembro na China, para níveis que não eram registrados desde 1997
DA REUTERS
A China pretende proteger
sua oferta de alimentos, restringindo o uso de milho e trigo
na produção de biocombustíveis, segundo autoridades do
governo, que ainda não estabeleceram um limite.
O governo chinês está preocupado com o fato de que o uso
de grãos na produção de combustíveis possa intensificar a
recente alta nos preços desses
produtos e reduzir os estoques
de alimentos do país.
"Na China, a primeira preocupação é fornecer alimento
para os mais de 1,3 bilhão de habitantes. Depois disso, iremos
apoiar a produção de biocombustíveis", disse Yang Jian, diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento
do Ministério da Agricultura,
ao jornal "China Daily".
Em novembro, os preços do
milho subiram quase 20%, para
níveis que não eram registrados desde 1997 no país, em
meio a um cenário de forte demanda por parte de processadores de milho, incluindo produtores de etanol, que ofuscou
os efeitos de uma safra recorde
neste ano.
Segundo Jian, desta vez em
entrevista à agência Xinhua, todos os projetos de etanol ou de
expansão de capacidade têm de
ser aprovados pelo governo.
Segundo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês), investidores locais pretendem construir unidades de
produção de etanol com capacidade anual já ultrapassando
10 milhões de toneladas.
A comissão irá encorajar as
unidades a utilizarem matéria-prima que não seja produto
agrícola e irá designar unidades
para produzir etanol para mistura à gasolina.
Qualquer expansão irregular
ou produção e vendas não autorizadas não receberão ajuda financeira de Pequim, segundo a
comissão.
A China oferece subsídio de
1.373 iuans (cerca de US$ 175)
por tonelada para produtores
patrocinados pelo governo. O
plano do governo chinês também prevê o subsídio aos produtores de biocombustível no futuro.
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