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Petróleo em queda afeta ações; Bolsa de SP cai 1%
Petrolíferas recuam pelo
mundo com óleo a US$ 36
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com as ações da Petrobras
ladeira abaixo, a Bovespa não
encontrou espaço para escapar
das perdas no pregão de ontem.
A Bolsa de Valores de São Paulo
chegou ao fim de suas operações com baixa de 1,03%.
Para os papéis da Petrobras,
não houve como ignorar mais
um dia de forte depreciação do
petróleo. Apesar de a Opep ter
anunciado anteontem o esperado corte em sua produção, o
barril de petróleo caiu ontem
mais de 9%, para terminar cotado a US$ 36,22.
As ações da estatal responderam por 25% da movimentação
de ontem. O papel preferencial
da petrolífera, o mais negociado da Bolsa paulista, terminou
com baixa de 3,49%; o ordinário recuou 5,19%.
Os papéis do setor foram destaque de perdas também no exterior. Em Wall Street, onde o
índice Dow Jones perdeu
2,49%, a Exxon Mobil teve desvalorização de 5,66%, enquanto a Chevron perdeu 4,67%.
Na Bolsa de Londres, que subiu 0,15%, as ações da petrolífera BP PLC caíram 2,05%.
As dificuldades em se alcançar uma forma de socorrer as
montadoras americanas também seguiram como um dos
pontos de preocupação do mercado. Rumores de que a
Chrysler negocia uma fusão
com a General Motors movimentaram o segmento ontem.
Na Bolsa de Nova York, as
ações da GM baixaram 15,5%.
Além da Petrobras, as ações
da Vale e dos bancos privados
prejudicaram o desempenho
da Bovespa. Antes de as perdas
dos papéis mais negociados se
aprofundarem, o índice Ibovespa cravou 40.497 pontos, com
valorização de 1,38%. Mas a
Bolsa tem demonstrado dificuldades para fechar acima dos
40 mil pontos.
No fim do pregão, o Ibovespa
marcou 39.536 pontos. No mês,
o índice registra valorização
acumulada de 8,03%. No acumulado do ano, a queda ainda é
elevada: 38,1%.
A ação preferencial "A" da
Vale, a segunda de maior peso
na Bolsa, encerrou o pregão
com queda de 4,09%.
No setor bancário, a ação PN
do Itaú teve desvalorização de
1,96%. Logo atrás apareceram
Bradesco PN, com baixa de
1,49%, e Unibanco UNT, que
recuou 1,17%.
Na ponta das altas, houve
destaque para Brasil Telecom
Participações PN, que se apreciou 8,10%, movida pela expectativa de aprovação da operação com a Oi.
Câmbio
O dólar encerrou as operações de ontem em alta, mesmo
com as atuações do Banco Central. A moeda norte-americana
encerrou o dia cotada a R$
2,359, com apreciação de 0,51%
diante do real.
"As pressões mais intensas
nos mercados de moedas, internacional e local, devem se
amenizar a partir de amanhã
[hoje], quando os investidores
praticamente devem encerrar
os ajustes de suas posições para
o final de ano. No entanto, os
movimentos devem seguir atípicos, uma vez que, como uma
grande parte dos investidores
entra em recesso até o início de
janeiro, os volumes devem ficar
ainda mais reduzidos", afirma
Miriam Tavares, diretora da
corretora de câmbio AGK.
O BC fez ontem leilão para
vender dólares ao mercado,
além de realizar oferta de contratos de "swap cambial" (títulos que pagam a variação do
câmbio). Por meio de suas
atuações no câmbio em diversas frentes, a autoridade monetária já utilizou US$ 53,4 bilhões, segundo anunciou ontem. Mas o máximo que conseguiu foi atenuar a pressão sobre
o câmbio. O dólar registra valorização de 32,75% no ano. Neste mês, a alta está em 1,90%.
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