São Paulo, Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2000


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PREÇOS
Índice da FGV abrange 30 dias até o dia 10 de janeiro
Fipe registra inflação de 0,47%, enquanto IGP recua para 1,22%

ALESSANDRA KIANEK
da Redação

O ritmo da alta de preços em São Paulo se estabilizou. A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apurou que a taxa de inflação no município de São Paulo foi de 0,47% na segunda quadrissemana deste mês, ou seja, nos últimos 30 dias terminados no dia 15, contra 0,46% na quadrissemana anterior.
O economista e coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, Heron do Carmo, manteve a previsão da taxa inflação de 0,50% para o fechamento de janeiro.
As matrículas e mensalidades escolares, junto com os alimentos "in natura", foram os responsáveis pela pressão sobre a taxa.
O grupo alimentação subiu 1,10%, puxado pelo aumento dos alimentos "in natura" (hortifrutigranjeiros) e dos semi-elaborados (como carne, arroz e feijão), que subiram 1,42% e 0,86%, respectivamente.
Os preços dos legumes e das verduras já estão sentindo o efeito das chuvas. As verduras tiveram alta de 6,09% na segunda quadrissemana, contra 1,21% na anterior. Os legumes, que chegaram a cair 4,60% na primeira quadrissemana, tiveram queda de 0,80%.
As carnes, que vinham pressionando o índice, já estão tendo altas bem menores e podem até fechar este mês com deflação.
O grupo educação subiu 2,85%, alta já esperada para janeiro. As matrículas e mensalidades escolares subiram 3,59%. Nas faculdades, o aumento foi de 5,46%, e nas escolas de primeiro e segundo grau, de 2,97%.
As matrículas e mensalidades devem fechar este mês com alta de 6%, avalia Heron do Carmo.
O grupo dos transportes subiu 0,34% na segunda quadrissemana, puxado pelo aumento dos combustíveis. A gasolina subiu 0,72%, e o álcool, 0,92%.
Segundo Heron do Carmo, os preços dos combustíveis devem se estabilizar ou até apresentar deflação no final do mês.
O grupo habitação teve alta de 0,13%. O impacto das tarifas de telefone, que era esperado para a segunda quadrissemana, ainda não se refletiu no índice, podendo só influenciar a taxa de fevereiro.
Para Heron do Carmo, a taxa de inflação está nas mãos do governo. "O índice vai ser o que o governo quiser. Só vai depender do aumento das tarifas que ele autorizar. A inflação do ano seria tranquilamente em torno de 4% se não fosse o aumento das tarifas". A Fipe está projetando inflação de 6% a 6,5% para 2000.

IGP-10
No Rio, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o IGP-10 (Índice Geral de Preços) de janeiro ficou em 1,22%. Ele abrangeu 30 dias até o último dia 10, mas a metodologia é igual à do IGP-DI.
O IPA (Índice de Preços no Atacado) subiu 1,36%, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou 0,96% e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou aumento de 1,13%.
O IGP-10 de dezembro havia sido de 2,35%, fechando 99 com elevação de 20,10%.


Colaborou o FolhaNews

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