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CNI vai pedir mudanças a Palocci
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CNI (Confederação Nacional
da Indústria) vai pedir ao ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) modificações no texto da medida provisória 232, para que ela
deixe de aumentar a tributação
para prestadores de serviço. Em
março, haverá manifestação em
Brasília, organizada pelo Comitê
de Negociações Contra os Aumentos Tributários, grupo que
reúne parlamentares e associações de prestadores de serviço,
contra o aumento de tributos.
De acordo com o deputado federal Augusto Nardes (PP-RS),
antes da manifestação em Brasília, haverá encontros com associações no Rio de Janeiro, na próxima quinta-feira, e em São Paulo,
no dia 15 do mês que vem. Em fevereiro, quando o Congresso reabrir, começará um movimento de
convencimento dos deputados
para derrubar os pontos da MP
que aumentam a carga tributária.
Os empresários condenaram a
forma como o governo aumentou
a carga tributária. "Achei muito
ruim, com muito pouca transparência. Impõe um custo à sociedade sem negociação", afirmou o
deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente
da CNI. Ele classificou a MP de
pouco produtiva, porque, em vez
de proporcionar aumento de arrecadação, poderá significar aumento de evasão fiscal.
O presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Guilherme Afif Domingos, disse que
o governo deve discutir aumentos
de carga tributária por meio de
projeto de lei, e não por medida
provisória. "Isso foi um golpe da
burocracia contra a sociedade".
Ele disse também que é contra
uma negociação que beneficie só
alguns setores. "Tudo o que for
ônus [aumento de carga] tem que
ser retirado e discutido por meio
de projeto de lei", afirmou.
Na terça-feira os ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e
Ricardo Berzoini (Trabalho) já
haviam declarado que o governo
poderia rever pontos da MP, que
está sendo questionada no STF
(Supremo Tribunal Federal) pelo
PDT e pelo PFL.
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