São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

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CNI vai pedir mudanças a Palocci

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) vai pedir ao ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) modificações no texto da medida provisória 232, para que ela deixe de aumentar a tributação para prestadores de serviço. Em março, haverá manifestação em Brasília, organizada pelo Comitê de Negociações Contra os Aumentos Tributários, grupo que reúne parlamentares e associações de prestadores de serviço, contra o aumento de tributos.
De acordo com o deputado federal Augusto Nardes (PP-RS), antes da manifestação em Brasília, haverá encontros com associações no Rio de Janeiro, na próxima quinta-feira, e em São Paulo, no dia 15 do mês que vem. Em fevereiro, quando o Congresso reabrir, começará um movimento de convencimento dos deputados para derrubar os pontos da MP que aumentam a carga tributária.
Os empresários condenaram a forma como o governo aumentou a carga tributária. "Achei muito ruim, com muito pouca transparência. Impõe um custo à sociedade sem negociação", afirmou o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da CNI. Ele classificou a MP de pouco produtiva, porque, em vez de proporcionar aumento de arrecadação, poderá significar aumento de evasão fiscal.
O presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Guilherme Afif Domingos, disse que o governo deve discutir aumentos de carga tributária por meio de projeto de lei, e não por medida provisória. "Isso foi um golpe da burocracia contra a sociedade".
Ele disse também que é contra uma negociação que beneficie só alguns setores. "Tudo o que for ônus [aumento de carga] tem que ser retirado e discutido por meio de projeto de lei", afirmou.
Na terça-feira os ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e Ricardo Berzoini (Trabalho) já haviam declarado que o governo poderia rever pontos da MP, que está sendo questionada no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PDT e pelo PFL.


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