São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comissão prevê retração de 1,9% na zona do euro

DA REDAÇÃO

A economia da zona do euro, que inclui 16 países, vai encolher 1,9% neste ano. Será a primeira retração desde o lançamento da moeda única, há uma década, previu ontem a Comissão Europeia. O órgão-executivo da União Europeia disse que o continente vive uma "recessão profunda e prolongada" e estima que os 27 países do bloco terão 3,5 milhões de desempregados no ano.
Na estimativa anterior, divulgada em novembro em Bruxelas, era esperado um crescimento de 0,1% do PIB. O percentual é também mais pessimista que a contração de 0,5% projetada no mês passado pelo BCE (Banco Central Europeu).
A deterioração da atividade econômica virá acompanhada de um aumento no déficit público (de 4% na zona do euro e de 4,4% no total de 27 países), superando o teto de 3% estabelecido pelas autoridades. O desemprego deve atingir 9,3% nos países da moeda única (chegando a 10,2% em 2010) e 8,7% na totalidade do bloco.
As principais economias europeias já registraram retração econômica: -2,8% no Reino Unido, -2,3% na Alemanha, -2% na Espanha e na Itália e -1,8% na França.
A fim de conter a "débâcle", o BCE reduziu, na semana passada, as taxas de juros para o seu nível mais baixo desde a estreia do euro, em 1999, para administrar a recessão que deverá atingir 11 economias da zona.
"As medidas destinadas a estabilizar o mercado financeiro e a liberalizar as políticas monetárias, aliadas aos planos de recuperação da economia, nos possibilitarão conter a deterioração da economia", disse o comissário de Assuntos Monetários do bloco, Joaquín Almunia, em um comunicado. "Elas vão criar as condições de uma recuperação gradual no segundo semestre de 2009."
Almunia também se mostrou preocupado com o congelamento do crédito, dizendo que os países do bloco podem ter de injetar mais dinheiro no sistema bancário. Alemanha, França e Espanha já articularam operações de socorro a bancos e pacotes de incentivos fiscais para impulsionar suas economias.

Com agências internacionais



Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Crise: Standard & Poor's rebaixa a nota da dívida pública da Espanha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.