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Comissão prevê retração de 1,9% na zona do euro
DA REDAÇÃO
A economia da zona do euro, que inclui 16 países, vai
encolher 1,9% neste ano. Será a primeira retração desde
o lançamento da moeda única, há uma década, previu
ontem a Comissão Europeia.
O órgão-executivo da União
Europeia disse que o continente vive uma "recessão
profunda e prolongada" e estima que os 27 países do bloco terão 3,5 milhões de desempregados no ano.
Na estimativa anterior, divulgada em novembro em
Bruxelas, era esperado um
crescimento de 0,1% do PIB.
O percentual é também mais
pessimista que a contração
de 0,5% projetada no mês
passado pelo BCE (Banco
Central Europeu).
A deterioração da atividade econômica virá acompanhada de um aumento no déficit público (de 4% na zona
do euro e de 4,4% no total de
27 países), superando o teto
de 3% estabelecido pelas autoridades. O desemprego deve atingir 9,3% nos países da
moeda única (chegando a
10,2% em 2010) e 8,7% na totalidade do bloco.
As principais economias
europeias já registraram retração econômica: -2,8% no
Reino Unido, -2,3% na Alemanha, -2% na Espanha e na
Itália e -1,8% na França.
A fim de conter a "débâcle", o BCE reduziu, na semana passada, as taxas de juros para o seu nível mais baixo desde a estreia do euro,
em 1999, para administrar a
recessão que deverá atingir
11 economias da zona.
"As medidas destinadas a
estabilizar o mercado financeiro e a liberalizar as políticas monetárias, aliadas aos
planos de recuperação da
economia, nos possibilitarão
conter a deterioração da economia", disse o comissário
de Assuntos Monetários do
bloco, Joaquín Almunia, em
um comunicado. "Elas vão
criar as condições de uma recuperação gradual no segundo semestre de 2009."
Almunia também se mostrou preocupado com o congelamento do crédito, dizendo que os países do bloco podem ter de injetar mais dinheiro no sistema bancário.
Alemanha, França e Espanha já articularam operações
de socorro a bancos e pacotes
de incentivos fiscais para impulsionar suas economias.
Com agências internacionais
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