São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2009

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Com feriado nos EUA, Bovespa tem giro fraco e recua 1,3%

Queda na europa desanima mercado; dólar vai a R$ 2,33

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem a referência do mercado norte-americano, que não funcionou em razão do feriado do Dia Martin Luther King Jr., a Bolsa de Valores de São Paulo viveu um pregão de fraca movimentação. Na esteira das Bolsas europeias, a Bovespa fechou o dia em baixa, de 1,30%.
O setor bancário abalou o mercado europeu ontem, com bancos diminuindo previsões para seus resultados e o pessimismo crescente. As ações do Royal Bank of Scotland recuaram 66%; os papéis do HSBC perderam 6,5%. A Bolsa de Londres caiu 0,93%.
Na Bovespa, ao menos o pregão não foi ruim para os bancos -diferentemente dos últimos dias, em que o setor acompanhou seus pares internacionais e sofreu perdas. Ontem, as ações PN do Itaú subiram 1,46%. O papel ON do Banco do Brasil se apreciou em 0,27%, e o PN do Bradesco, 0,14%.
Os R$ 2,82 bilhões girados ontem na Bolsa representaram recuo de quase 30% em relação à média diária do ano. Se ontem não fosse dia de exercício de opções sobre ações, que girou R$ 1,18 bilhão, a movimentação teria sido bem menor.
O dólar também teve um pregão mais morno. Com menor volume de negociação, a moeda recuou 0,47%, para R$ 2,332.
Mas o dia menos intenso não afastou o Banco Central do mercado. O órgão realizou a venda de US$ 2,514 bilhões em contratos de "swap" cambial. Esses papéis, que pagam a variação do câmbio, foram destinados à rolagem de parte de um vencimento de US$ 10,2 bilhões em contratos de "swap" que ocorrerá no início do mês.
A autoridade monetária também fez um leilão para vender dólares às instituições financeiras, que movimentou cerca de US$ 100 milhões, segundo operadores. O dólar está com leve baixa de 0,09% diante do real no ano. Após se depreciar, principalmente nos primeiros dias de janeiro, a moeda tem ensaiado uma recuperação.
O mercado está bastante agitado com o encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) que ocorrerá entre hoje e amanhã para definir como fica a taxa básica da economia, a Selic.
A expectativa predominante é que a Selic caia de 13,75% para 13% ao ano. Mas parte do mercado espera que o Copom seja mais ousado e reduza a taxa em um ponto percentual.
No pregão da BM&F de ontem, a taxa do contrato DI que vence no fim do mês recuou de 13,15%, para fechar a 13,07%.
A pesquisa semanal apresentada pelo BC mostrou que o mercado espera que a Selic esteja a 11,25% no fim do ano.


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