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Com feriado nos EUA, Bovespa tem giro fraco e recua 1,3%
Queda na europa desanima
mercado; dólar vai a R$ 2,33
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem a referência do mercado
norte-americano, que não funcionou em razão do feriado do
Dia Martin Luther King Jr., a
Bolsa de Valores de São Paulo
viveu um pregão de fraca movimentação. Na esteira das Bolsas europeias, a Bovespa fechou o dia em baixa, de 1,30%.
O setor bancário abalou o
mercado europeu ontem, com
bancos diminuindo previsões
para seus resultados e o pessimismo crescente. As ações do
Royal Bank of Scotland recuaram 66%; os papéis do HSBC
perderam 6,5%. A Bolsa de
Londres caiu 0,93%.
Na Bovespa, ao menos o pregão não foi ruim para os bancos
-diferentemente dos últimos
dias, em que o setor acompanhou seus pares internacionais
e sofreu perdas. Ontem, as
ações PN do Itaú subiram
1,46%. O papel ON do Banco do
Brasil se apreciou em 0,27%, e o
PN do Bradesco, 0,14%.
Os R$ 2,82 bilhões girados
ontem na Bolsa representaram
recuo de quase 30% em relação
à média diária do ano. Se ontem
não fosse dia de exercício de
opções sobre ações, que girou
R$ 1,18 bilhão, a movimentação
teria sido bem menor.
O dólar também teve um pregão mais morno. Com menor
volume de negociação, a moeda
recuou 0,47%, para R$ 2,332.
Mas o dia menos intenso não
afastou o Banco Central do
mercado. O órgão realizou a
venda de US$ 2,514 bilhões em
contratos de "swap" cambial.
Esses papéis, que pagam a variação do câmbio, foram destinados à rolagem de parte de um
vencimento de US$ 10,2 bilhões em contratos de "swap"
que ocorrerá no início do mês.
A autoridade monetária também fez um leilão para vender
dólares às instituições financeiras, que movimentou cerca
de US$ 100 milhões, segundo
operadores. O dólar está com
leve baixa de 0,09% diante do
real no ano. Após se depreciar,
principalmente nos primeiros
dias de janeiro, a moeda tem
ensaiado uma recuperação.
O mercado está bastante agitado com o encontro do Copom
(Comitê de Política Monetária)
que ocorrerá entre hoje e amanhã para definir como fica a taxa básica da economia, a Selic.
A expectativa predominante
é que a Selic caia de 13,75% para
13% ao ano. Mas parte do mercado espera que o Copom seja
mais ousado e reduza a taxa em
um ponto percentual.
No pregão da BM&F de ontem, a taxa do contrato DI que
vence no fim do mês recuou de
13,15%, para fechar a 13,07%.
A pesquisa semanal apresentada pelo BC mostrou que o
mercado espera que a Selic esteja a 11,25% no fim do ano.
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