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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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Febraban diz que compulsório maior é medida de "eficácia discutível"

DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento da alíquota do compulsório sobre depósitos à vista, de 45% para 60%, deverá tirar liquidez dos bancos e aumentar o custo dos empréstimos, segundo Roberto Luís Troster, economista da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). "Trata-se de uma medida de política monetária de eficácia discutível", diz Troster.
O aumento do compulsório deverá retirar de circulação R$ 8 bilhões, segundo cálculo do economista-chefe do Lloyds Bank, Odair Abate. Esse dinheiro, recolhido ao Banco Central, é remunerado pela taxa Selic e, segundo Troster, parte dele não tem nenhuma remuneração.
O estoque de recursos retidos no BC, segundo o economista da Febraban, já é alto, de R$ 130 bilhões. "Esse tipo de medida não existe em outros países, como Canadá, Suíça, Bélgica, e outros, como os EUA, têm uma alíquota baixa, em torno de 2%", diz ele.
Abate também considera que as duas medidas, combinadas, levarão a um desaquecimento da economia que se fará sentir a partir de abril. "É um remédio amargo, porém necessário, pois o Banco Central constatou que a inflação está escapando ao controle", diz. (SANDRA BALBI)


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