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Febraban diz que compulsório maior
é medida de "eficácia discutível"
DA REPORTAGEM LOCAL
O aumento da alíquota do compulsório sobre depósitos à vista,
de 45% para 60%, deverá tirar liquidez dos bancos e aumentar o
custo dos empréstimos, segundo
Roberto Luís Troster, economista
da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). "Trata-se de uma
medida de política monetária de
eficácia discutível", diz Troster.
O aumento do compulsório deverá retirar de circulação R$ 8 bilhões, segundo cálculo do economista-chefe do Lloyds Bank,
Odair Abate. Esse dinheiro, recolhido ao Banco Central, é remunerado pela taxa Selic e, segundo
Troster, parte dele não tem nenhuma remuneração.
O estoque de recursos retidos
no BC, segundo o economista da
Febraban, já é alto, de R$ 130 bilhões. "Esse tipo de medida não
existe em outros países, como Canadá, Suíça, Bélgica, e outros, como os EUA, têm uma alíquota
baixa, em torno de 2%", diz ele.
Abate também considera que as
duas medidas, combinadas, levarão a um desaquecimento da economia que se fará sentir a partir
de abril. "É um remédio amargo,
porém necessário, pois o Banco
Central constatou que a inflação
está escapando ao controle",
diz.
(SANDRA BALBI)
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